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Economia

Governo decide reduzir a meta de poupança de 2014

No início do ano, o governo previa que o PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país em um determinado período, seria de 2,5%.

G1

22 de Novembro de 2014 - 07:08

O governo já mandou para o Congresso Nacional uma proposta que flexibiliza a forma de se calcular a economia que o setor público precisa fazer. Na prática, essa proposta libera o governo para economizar menos.

Agora, o governo decidiu reduziu a meta de poupança de 2014. E cortou mais uma vez a previsão de crescimento do país.

Os números divulgados pelo Ministério do Planejamento comprovam o que há muito se ouve no mercado financeiro: mais dia, menos dia, o governo teria que reconhecer os problemas da economia.

No início do ano, o governo previa que o PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país em um determinado período, seria de 2,5%. Em agosto, caiu para 0,9%. Agora, a previsão foi reduzida para 0,5%. Já a estimativa para a inflação, subiu de novo: de 6,2% para 6,45%, muito próximo do teto da meta.

O governo arrecadou menos, gastou mais do que previa e o superávit primário – a economia  para pagar os juros da dívida – vai ser bem menor do que está previsto na lei de diretrizes orçamentárias. Em vez de R$ 99 bilhões, o governo disse que pretende economizar pouco mais de R$ 10 bilhões.

Mesmo com esse corte, o governo ainda terá que aprovar o projeto de lei enviado ao Congresso, que permite reduzir o superávit. Na prática, a proposta vai possibilitar ao poder público não economizar nada.

Para o economista Mansueto Almeida, não há garantia de que o país realmente consiga poupar os R$ 10 bilhões anunciados nesta sexta-feira.

"Ela simplesmente pode não investir, porque o gasto com previdência pode ser R$ 4 bilhões, R$ 5 bilhões maior. O gasto com seguro desemprego pode ser R$ 4 bilhões, R$ 5 bilhões maior e esse R$ 10 bilhões desaparecem", destaca o economista.

As previsões do governo para a economia em 2015 também pioraram. A estimativa de crescimento do PIB caiu de 3% para 2%. A inflação, sobe de 5% para 6,1%. E a previsão é de que os juros fiquem em 11,66%.