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Policial

Professor preso por abusar de adolescente e que pode ter feito mais 30 vítimas é solto

A prisão aconteceu depois que o pai da vítima flagrou o professor com o filho em um dos quartos da casa

Midiamax

24 de Novembro de 2014 - 17:00

O professor de educação infantil José Martins Paré, de 50 anos, preso em flagrante na sexta-feira (21) por abusar sexualmente de um adolescente de 13 anos em Maracaju, distante 158 quilômetros de Campo Grande, recebeu a liberdade provisória neste domingo (23) e irá aguardar o julgamento em casa.

Mesmo com o flagrante, o juiz que estava de plantão julgou “que não há dados de que houve violência ou grave ameaça na prática do ato sexual mantido pelo indiciado com adolescente de 13 anos” e por isso negou o pedido de prisão preventiva, feito pela Polícia Civil.

Ainda conforme a sentença, em virtude do adolescente estar perto de completar 14 anos o crime pode não se encaixar como estupro de vulnerável, como inicialmente configurado pela polícia no ato do flagrante.

Além disso, o juiz afirmou que a declaração de que o professor já se relacionou com mais 30 adolescentes não pode ser levada em consideração, pois segundo o autor, todos foram com consentimento das vítimas.

Caso

A prisão aconteceu depois que o pai da vítima flagrou o professor com o filho em um dos quartos da casa. De acordo com o delegado Amylcar Eduardo Romero, da Delegacia de Polícia Civil da cidade, Paré confessou ter se relacionado com 30 adolescentes de 13 a 16 anos. Destes dez se encaixam no crime de estupro de vulnerável.

“As crianças que se encaixam no crime são as com menos de 14 anos. Nosso trabalho agora é identificar as outras possíveis vítimas do professor”, explica o delegado. Em todas as abordagens, o educador costumada dar presentes para as vítimas, como uma maneira de conquistar os garotos.

Segundo o delegado, dois adolescentes entraram em contato com a delegacia e confirmaram ser vitimar de Paré, mas nenhuma quis se identificar, ou compareceu pessoalmente a unidade.

“Agora temos 30 dias para concluir o inquérito e agora precisamos provar que ele praticou o crime com outras crianças. É importante que as vítimas compareçam a delegacia, a identidade de quem vier será mantida em sigilo”, conclui Romero.