Policial
Homem morto por delegado tinha problemas psicológicos e já tinha feito ameaças
Consta no boletim de ocorrência registrado pela polícia, que a vítima foi até o prédio onde mora o delegado por volta das 2 horas e falou que o mataria
Midiamax
28 de Novembro de 2014 - 15:49
A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a morte de Enéas Lima Delgado, de 36 anos, durante uma discussão com o delegado Roberval Mauricio Cardoso Rodrigues, lotado desde março de 2013, na Corregedoria Geral da Polícia Civil. A discussão que terminou com a morte aconteceu na madrugada desta sexta-feira (28), próximo ao prédio onde mora o delegado.
Segundo o delegado Wellington de Oliveira, da 1ª Delegacia de Polícia Civil, responsável pelo caso, as armas que estavam com o policial e com a vítima foram apreendidas e encaminhadas para balística, foi realizada perícia no local da morte e já foram ouvidos o pai e o irmão da vítima para saber como era o comportamento dele. Os funcionários do prédio do delegado também devem ser chamados para prestar depoimento.
Consta no boletim de ocorrência registrado pela polícia, que a vítima foi até o prédio onde mora o delegado por volta das 2 horas e falou que o mataria. Roberval teria ido ver o que era e não acreditava que Enéas estivesse armado. Quando viu que o homem portava uma arma, ele verbalizou para que ele largasse o revólver, mas não foi atendido e acabou disparando contra a vítima.
Ainda conforme Oliveira, já foi apurado que a vítima tinha problemas psicológicos e que há um mês, foi na Corregedoria falar que se encontrasse o delegado iria arrancar a cabeça dele. Ele também já havia estado no prédio, portando uma arma.
Roberval
disse à polícia que não sabe o motivo das ameaças e que a vítima havia
trabalhado no prédio dele no período noturno. Conforme os familiares, Enéas
seria usuário de drogas, tinha diagnóstico de transtorno bipolar, já maltratou
os pais e foi preso por furto. A arma que ele portava não possuía registro.
O policial já foi delegado da Deiaj ( Delegacia Especializada de Atendimento a
Infância e Juventude), do Garras (Repressão a Roubo a Banco e Resgate a
Assaltos e Sequestros), da Derf (Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos) e da
6ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.