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Política

Reunião entre SDD e Governo sobre Secretarias termina sem definição e será retomada dia 10

O quarto vereador do Solidariedade, Mauricio Anache, não participou da reunião e rejeita qualquer possibilidade de aproximação com o Governo.

Flávio Paes/Região News

17 de Dezembro de 2014 - 08:21

Terminou sem que qualquer decisão tomada, a reunião que três vereadores do Solidariedade mantiveram na tarde desta terça-feira com o prefeito Ari Basso e o presidente do diretório municipal do PSDB, Moacir Hernandes. A pauta do encontro foi um possível alinhamento de parte da bancada na base governista a partir de 2015, quando o partido assumirá o controle da Mesa Diretora da Câmara.  

David Olindo, Jurandir Cândido e Marcos Roberto manifestaram disposição de migrar para a base governista, pedindo como contrapartida o direito de indicar os secretários de Saúde e Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente. Não houve avanços e ficou só pré-agendada uma nova conversa para o dia 10 de janeiro, da qual o futuro presidente da Câmara, David Olindo, não vai participar porque estará em viagem de férias. Caberá ao vereador Jurandir Cândido, presidente da Executiva Municipal do partido dar continuidade ao entendimento junto com o vereador Marcos Roberto. O quarto vereador do Solidariedade, Mauricio Anache, não participou da reunião e rejeita qualquer possibilidade de aproximação com o Governo. Ele chegou a ser mencionado por David, como um possível nome para a Secretaria de Desenvolvimento Rural, enquanto o médico João Cândido (irmão do vereador Jurandir) ficaria com a Secretaria de Saúde. 

David acha estranho que o Governo tenha em princípio resistido a proposta de mudanças no secretariado, principalmente na Saúde, porque segundo ele, nos dias que antecederam a eleição da Mesa Diretora, "junto com as Obras, era a Secretaria oferecida como prato principal nas negociações para garantir apoio dos vereadores para a candidatura da vereadora Vilma Felini à presidência da Câmara. Ofereceram ao dr. Jurandir e a mim, para que desistisse de ser candidato". 

O futuro presidente da Câmara saiu do encontro pessimista sobre as chances das conversações terem como desfecho o alinhamento do SDD na base do prefeito. “Não houve nenhum avanço. Minha impressão inicial é de que o Governo não mostra disposição de levar adiante o entendimento para assegurar maioria na Câmara”, observou o vereador David Olindo. Ele saiu pessimista do encontro sobre as perspectivas de êxito nas negociações, reconhecendo tratar-se apenas de uma opinião pessoal, não refletindo o ponto de vista de seus outros dois colegas.

 Como nestes dois anos de mandato adotou na Câmara posicionamentos críticos em relação ao governo tucano, David admite que sua presença na reunião com o prefeito e o seu articulador político, pode ter gerado algum constrangimento e travando um  pouco a conversas sobre as pretensões dos vereadores Jurandir Cândido e Marcos Roberto de influírem na escolha de dois secretários. “A partir de janeiro vou me concentrar na administração da Câmara. O Dr. Jurandir, como dirigente partidário, vai dar continuidade aos entendimentos”.

Na conversa, David deixou claro ao prefeito que na condição de presidente da Câmara não será um fator de tensionamento nas relações entre Executivo e Legislativo. “Não sou partidário, nem a sociedade quer isto, da política do quanto pior, melhor. Meu interesse, como o de todos os vereadores, é colaborar com o Governo em favor dos interesses da cidade. Não vou adotar uma política obstruísta”. Invoca como argumento para demonstrar sua boa vontade, o fato de, em quase dois anos de gestão tucana nenhuma matéria relevante ter sido rejeitada pelo Legislativo.    

 Para o dirigente tucano Moacir Hernandes a  reunião com os vereadores do SDD nesta terça-feira  foi mais uma visita de cortesia,  oportunidade para o futuro presidente da Câmara se apresentar ao prefeito. Portanto, avalia, nada mais natural que deste encontro  não tenha saído nenhuma definição sobre a participação do SDD  no secretariado. “O Governo sempre esteve aberto ao diálogo com todas as bancada”,  assegura .  Moacir acha natural que o Solidariedade reivindique espaços no secretariado mas por enquanto nada está acertado . O prefeito pretende fazer  uma avaliação sobre o desempenho do secretariado e só a partir de 2015, eventualmente, poderá promover mudanças.