Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 29 de Março de 2024

Esporte

Após treino de "conteúdo", Spider elogia: "Jones pode se tornar o maior"

Durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro na tarde de quarta-feira, o ex-campeão dos pesos-médios deu mais detalhes da sessão de treino com "Bones"

GloboEsporte

18 de Dezembro de 2014 - 10:15

A tão comentada superluta entre Anderson Silva e Jon Jones nunca se materializou, mas os dois lutadores enfim dividiram um ringue no mês passado, quando aproveitaram uma passagem por Las Vegas para treinarem juntos na academia da base do UFC. Até agora, surgiram poucos registros do encontro histórico, a maioria através das redes sociais do campeão dos pesos-meio-pesados, fã assumido do lutador brasileiro. Durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro na tarde de quarta-feira, o ex-campeão dos pesos-médios deu mais detalhes da sessão de treino com "Bones".

- Eu tenho uma relação muito boa com o Jon Jones, somos amigos há muito tempo, desde que ele começou a lutar, e a gente nunca tinha tido uma oportunidade de treinar juntos. Foi uma época em que estávamos os dois em Las Vegas juntos, aí aconteceu. Foi um treino normal, como um treino com os meus amigos. Ele jogou de lá, eu joguei de cá, o treino foi duro para ele, foi duro para mim. Foi um treino de bastante conteúdo, eu acho. Ele aprendeu muita coisa, eu aprendi muita coisa com ele, ele me passou algumas coisas as quais eu não sabia, me deu alguns toques. Nesse sentido, foi muito legal - contou Spider.

Já com 39 anos de idade, Anderson Silva vai se aproximando da parte final de sua carreira, enquanto Jones, com 27, está entrando em seu auge. "Bones" assumiu em 2013 o posto de melhor lutador peso-por-peso do mundo previamente ocupado pelo brasileiro. Spider não quis apontar o americano como um "sucessor", mas admitiu que Jones tem potencial para ser o melhor artista marcial de todos os tempos.

- Ele tem a história dele, ele está construindo a história dele, ele é novo e tem tudo para se tornar o maior nome do esporte no país - declarou.

A luta contra Jones não vai acontecer, e Anderson está atualmente focado em outro oponente: o americano Nick Diaz, ex-campeão peso-meio-médio do Strikeforce, no dia 31 de janeiro de 2015, evento principal do UFC 183, em Las Vegas. Assim como o brasileiro, Diaz vem de um longo tempo fora de ação - não luta oficialmente desde março de 2013, quando perdeu a disputa do cinturão de sua categoria contra Georges St-Pierre. Por isso, Spider não vê nenhum dos dois em vantagem no confronto.

- O Nick Diaz é um atleta completo dentro da luta, que luta de uma forma bem intensiva, e estou me preparando para enfrentar o que tiver de pior. Claro que existe muita variável quando se enfrenta um atleta como Nick Diaz, porque ele tem chão muito bom, luta muito bem em pé, mas a gente está em posições iguais. Ele não tem nenhuma vantagem, nem eu, acho que estamos em condições iguais, então vai ser uma luta boa tanto para ele, quanto para mim - analisou.

Após enfrentar Diaz, Anderson já tem compromisso marcado: filmar a quarta temporada do reality show The Ultimate Fighter Brasil - Em Busca de Campeões, ao lado de Maurício Shogun. As gravações, que acontecerão em Las Vegas, devem começar em 4 de fevereiro, na semana seguinte à luta, de acordo com seu empresário Marcello Magalhães. Como Spider não vai enfrentar Shogun ao final da temporada, seu adversário seguinte a Diaz vai depender de seu desempenho em 31 de janeiro. Dana White, presidente do UFC, já afirmou que ele pode disputar o cinturão novamente caso se saia bem, e o brasileiro disse que o fará se a organização quiser, mas que não está focado nisso no momento.

- A categoria está bem embolada e a tendência é piorar, porque o nível dos atletas que estão na categoria é muito alto. Temos uma luta muito dura para o (Ronaldo) Jacaré (contra Yoel Romero), e o Vitor (Belfort) vai enfrentar o campeão, que é o (Chris) Weidman. Depois disso tem outros atletas e grandes nomes que vão estar disputando o cinturão. A categoria está bem disputada, acho que está em outro nível agora. Sou funcionário do UFC, então se eu me credenciar para lutar pelo cinturão, tudo pode acontecer. Mas tem outros atletas na minha frente, o Jacaré, o Lyoto (Machida), o Vitor. Estou voltando, tenho que pegar meu ritmo de luta e, se for para ser e tiver a oportunidade de lutar, vou lutar - explicou.