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Política

Gilmar deixa o PT e diz que divergências e falta de unidade podem provocar debandada

O ex-petista alega falta de unidade, projeto político e principalmente, divergências internas na direção municipal, como fatores determinantes para deixar partido.

Marcos Tomé/Região News

22 de Janeiro de 2015 - 21:25

Filiado no Partido dos Trabalhadores há mais de 13 anos, o assessor executivo da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente de Sidrolândia, Gilmar Antunes, deixou a sigla na ultima terça-feira (20), quando entregou na Justiça Eleitoral sua ficha de desfiliação partidária. Na tarde desta quinta-feira (22) Gilmar esteve na redação do RN.

O ex-petista alega falta de unidade, projeto político e principalmente, divergências internas na direção municipal, como fatores determinantes para que tomasse a decisão de deixar o partido. “Cansei-me. No PT estadual e municipal, as vaidades são maiores que os interesses do partido”, afirma Antunes que já presidiu o PT entre 2009 e 2012.

Apesar de não esconder suas raízes partidárias (PDT e PT), Gilmar se diz liberto das amarras do partido que em dezembro passado, baixou resolução da executiva estadual proibindo qualquer tipo de articulação com PSDB (Partido Social Democrático Brasileiro), legenda que comanda a Prefeitura.

Na prática, a julgar por esta normativa interna, todos os cargos em comissão ocupados por filiados do PT deverão ser entregues, caso haja resistência, pode haver expulsão. Gilmar deixa o PT por divergências, mas condena a decisão do comando regional. “É muito simples baixar uma resolução e enviar uma obrigação de fazer aos dirigentes nos municípios, sem ao menos respeitar as peculiaridades de cada localidade”, dispara.

Debandada

Podem engrossar a lista de dissidentes pelo menos dois secretários; o próprio chefe da pasta da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, Cesar Queiroz, além da secretária de Assistência Social, Joana Michalski. Gilmar diz que já comunicou sua saída ao vereador petista Sergio Bolzan, quem também estaria pensando em deixar o partido.

Principal articulador político, responsável em manter boa parte do PT fiel ao projeto de eleição do ex-prefeito Enelvo Felini (PSDB) em 2012 e posteriormente, na eleição suplementar de março de 2013, o ex-pestista vai buscar um entendimento com o deputado Marcio Fernandes para ingressar no PTdoB, pra onde pretende “arrebanhar” seu grupo político que ainda permanece no PT.

“Já formalizei o convite para os dois secretários. Para o vereador acho pouco provável em decorrência da fidelidade partidária, mas fará parte de nosso projeto político”, avalia.