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Sidrolandia

Pesquisador alerta no Showtec para os riscos do plantio de soja safrinha

O pesquisador comentou ainda que o plantio da soja sem o consorcio com o milho, por exemplo, também reduz o aporte de matéria orgânica no solo

G1 MS

24 de Janeiro de 2015 - 11:00

Os riscos do plantio de uma segunda safra de soja em uma mesma temporada, a chamada soja safrinha, foram discutidos em um giro tecnológico promovido nesta quinta-feira (22), no Showtec, em Maracaju.

O assunto foi debatido pelo pesquisador da Fundação MS José Fernando Grigolli. Segundo ele, quando o produtor deixa de fazer a rotação de culturas e passa a fazer o plantio de soja após a colheita de uma safra da oleaginosa, ele está sujeito a uma série de problemas na lavoura.

“Quando se planta soja sobre soja, temos menor tolerância da planta às secas e veranicos, há maior degradação física do solo e ocorrência antecipada de pragas como a falsa-medideira, largarta Helicoverpa e o percevejo marrom da soja, com maior dificuldade para controle dessas pragas e aumento do número de aplicações de inseticidas, inviabilizando o custo de produção”, alertou Grigolli.

Outro problema apontado pelo pesquisador também decorre da intensificação do uso de fungicidas e inseticidas. “Ao longo das safras, haverá redução de sua eficiência já que a utilização será feita sempre em intervalos muito curtos”, esclarece.

O pesquisador comentou ainda que o plantio da soja sem o consorcio com o milho, por exemplo, também reduz o aporte de matéria orgânica no solo. “O consorcio com o milho incrementa a palha no solo, possibilitando elevação dos níveis de produtividade da soja. Com a retirada da palha e plantios sequenciais de soja, teremos um solo cada vez mais pobre, com menor capacidade de retenção de água”, complementa.