Capitã da Seleção de vôlei revela ter sofrido racismo em jogo da Superliga

A central do Sesi e capitã da Seleção Brasileira feminina de vôlei, Fabiana Claudino, revelou ter sido vítima de racismo no duelo contra o Camponesa/Minas, realizado na noite de terça-feira, em Belo Horizonte. O confronto, no qual a equipe paulista acabou derrotada por 3 sets a 1, foi válido pela Superliga.

Depois do confronto, Fabiana decidiu relatar o caso por meio de seu perfil nas redes sociais. A central disse que um homem que estava na arquibancada gritou as seguintes frases para ela: “macaca quer banana” e “macaca joga banana”.

Ainda segundo a jogadora do Sesi, os seguranças no Minas Tênis Clube retiraram o senhor do ginásio e o encaminharam à delegacia. Nas redes sociais, Fabiana desabafou e disse que todos merecem ser respeitados, independentemente de tudo.

“Eu não preciso ser respeitada por ser bicampeã olímpica ou por títulos que conquistei. Isso é besteira! Eu exijo respeito por ser Fabiana Marcelino Claudino, cidadã, um ser humano”, escreveu Fabiana.

Companheira de elenco na Seleção Brasileira, Sheilla, que joga na Turquia, demonstrou apoio a Fabiana. A atleta também fez um desabafo nas redes sociais.

“Acho inadmissível ainda existir racismo. Minha amiga @fabiclaudino ontem no jogo na sua terra natal sofreu isso com um torcedor. Fiquei muito revoltada e triste. Ainda bem que o Minas Tênis Clube retirou o indivíduo e encaminhou pra delegacia! Gente, não existe esse negocio de raça negra, branca, amarela... O que existe é raça humana!”, postou Sheilla.