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Política

Assembleia oficializa criação da CPI da Enersul que investigará mensalão

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi (PMDB) assegurou que a comissão vai a fundo, independente de quem estiver envolvido no esquema

Correio do Estado

31 de Março de 2015 - 08:17

Foi publicado no Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, desta terça-feira, (31), ato do presidente da Casa, deputado Júnior Mochi, criando a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa apurar possível desvio de R$ 700 milhões e pagamento de ''mensalinho'' para 35 pessoas físicas e jurídicas, que teria sido feito pela então Enersul, hoje Energisa. O ato entra em vigor a partir de sua publicação

Veja abaixo:

O PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, no uso das atribuições legais e considerando o art. 50, §5º, I, do Regimento Interno.

R E S O L V E:

Art. 1º Fica criada a Comissão Parlamentar de Inquérito com a finalidade de apurar denúncias apontadas por uma Auditoria realizada na Enersul, onde foi constatado o desvio de R$ 700 (setecentos) milhões de reais e existência de uma folha confidencial para pagar mensalmente 35 pessoas físicas e jurídicas, configurando uma espécie de mensalão, anos
2010 ­ 2015.

Art. 2º O prazo para a conclusão dos trabalhos da CPI da Enersul será de 120 (cento e vinte) dias, sendo a mesma composta por 05 (cinco) parlamentares titulares e 05 (cinco) parlamentares suplentes.

Art. 3º Para fins de atendimento ao disposto no § 6º, do art.50, do Regimento Interno, a Comissão Parlamentar de Inquérito poderá requisitar, diretamente à Presidência da Assembleia Legislativa, o material e pessoal, dentre os lotados no Quadro Permanente deste Poder, necessários ao desempenho de suas atividades. 

Art. 4º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.

Gabinete da Presidência, 30 de março de 2015.

Deputado JUNIOR MOCHI
Presidente

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Ir ao fundo

Deputados estaduais negaram a existência de qualquer manobra para derrubar a CPI do mensalão da Enersul, que vai investigar suposto pagamento de propina a políticos do Estado. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi (PMDB) assegurou que a comissão vai a fundo, independente de quem estiver envolvido no esquema. “Com a devida responsabilidade para não envolver inocentes, é claro, vamos a fundo nessa questão. Tomamos como responsabilidade nossa”, atesta o peemedebista.

O presidente da Casa minimizou reunião realizada na quarta-feira (25) entre deputados da base governista e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Os presentes tentaram convencer o Marquinhos Trad (PMBD), que propôs a CPI, a desistir da investigação. O grupo estaria preocupado com as revelações que poderiam se tornar públicas com o andamento da CPI.