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Política

Edno cobra do Incra homologação de agrovila do Capão Seco que se arrasta desde 2010

O vereador Edno Ribas apresentou indicação na última sessão da Câmara cobrando da superintendência regional a homologação da agrovila.

Flávio Paes/Região News

27 de Abril de 2015 - 07:41

A implantação de uma agrovila na região do Assentamento Eldorado se arrasta há mais de quatro anos porque esbarra na burocracia do Incra que não homologa a agrovila, autorizando a Prefeitura conceder permissão de uso a quem queira se instalar no local, montando pequenos comércios.  Já há uma área de 20 hectares na região do Capão Seco reservada para abrigar o futuro núcleo urbano, foi mapeada pela Prefeitura em 2010, dividida em 35 quadras, 28 para ocupação privada e sete destinadas a equipamentos públicos, como escola e postos de saúde. Um destes equipamentos, a Unidade Básica de Saúde, foi construída numa fração dos 13.957 metros quadrados reservados à UBS.

O vereador Edno Ribas apresentou indicação na última sessão da Câmara cobrando da superintendência regional do Incra a homologação da agrovila. Edno não tem dúvida: “O município já fez a parte que lhe cabia neste processo. Na gestão do ex-prefeito Daltro Fiúza foi realizado o mapeamento da área e feito o arruamento das quadras. Como desde então o processo não evoluiu, a vegetação tomou conta das ruas abertas e com isto, quem passa pelo local praticamente nem se dá conta de aqui lá está o embrião de um núcleo urbano.

O vereador Marcos Roberto, que é assentado no Eldorado, ao invés de ser solidário com o colega de Câmara na reivindicação, buscou desqualificar a proposta de Edno. Insinuou que o pedetista estaria “pegando carona” numa reivindicação (a implantação da agrovila) que seria uma bandeira dele (Marcão). Foi mais além: culpou a Prefeitura porque até agora o Eldorado, oito anos depois de criado, ainda está sem uma agrovila.

Acabou sendo desmentido, educadamente, pela vereadora Rosangela Rodrigues, que por razões políticas e até de parentesco (é cunhada do ex-prefeito Daltro Fiúza), não tem nenhum motivo para justificar ou defender eventuais omissões da administração tucana. A Drª. Rosangela, explicou ao vereador solidário, que ainda na gestão passada, a Prefeitura fez a sua parte (o mapeamento da área, abertura de ruas) mas desde então aguarda a autorização do Incra para emitir permissão de uso dos lotes.

A futura agrovila do Eldorado será localizada num ponto estratégico, entroncamento das estradas MS-258 (que liga Sidrolândia ao Distrito de Anhanduí, na BR-163) e MS-455, a estrada da gameleira. No entorno do Capão Seco há mais de duas mil famílias assentadas em diferentes núcleos.

A criação da agrovila do Eldorado não é um caso isolado de projeto que esbarra na burocracia do Incra. Há quatro anos assentados do Eldorado 1 tentam implantar uma farinheira. Em 2011 os deputados Cabo Almi e Pedro Kemp viabilizaram emendas parlamentares no valor de R$ 100 mil para viabilizar o projeto, mas o dinheiro não foi liberado porque faltava a permissão de uso da área. Só na semana o processo foi concluído e o prefeito Ari Basso assinou o documento de autorização para o grupo utilizar a área de 5.200 metros quadrados.