Jurandir questiona estilo centralizador de David e cobra gestão participativa prometida na campanha

O descontentamento com o estilo administrativo implantado do presidente da Câmara, David Olindo, entre os vereadores que ajudaram na sua eleição, não são avaliações isoladas do vereador Marcos Roberto, vice-presidente da Casa, nem do petista Edivaldo dos Santos.

O vereador Jurandir Cândido, presidente da Executiva Provisória do Solidariedade, diz que David não está cumprindo alguns dos compromissos assumidos com o grupo que era fazer uma gestão transparente e compartilhada entre os quatro integrantes da Mesa Diretora e um tratamento igualitário entre todos os 13 vereadores.

“Até agora só recebi a prestação de contas referente a janeiro, primeiro mês da gestão do David. O que foi feito com o dinheiro da Câmara nos outros meses, não tenho a menor ideia”, comenta Jurandir, que vê com preocupação o inchaço da folha de pagamento do Legislativo.

“Nas gestões da Rosangela e do Peres, houve economia de recursos que permitiram devolver à Prefeitura parcelas do duodécimo que garantiram a execução de obras e projetos, repasses a entidades como a APAE e o hospital”, lembrou Jurandir.

O presidente do Solidariedade lembra que o compromisso de David, quando articulava a formação da chapa, era substituir o formato presidencialista de administrar, por um modelo de gestão próximo do parlamentarismo, no qual, por exemplo, todos os cheques emitidos pela Câmara receberiam a assinatura dos quatro integrantes da Mesa Diretora, propostas que não passaram até agora, de promessas.

Na semana passada, depois de discutir e quase enfrentar fisicamente David, o vereador Marcão devolveu o veículo oficial que estava sob sua responsabilidade e renunciou aos postos que ocupava nas comissões temáticas da Câmara.