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Economia

Puxada pela Indústria e setor de serviços, Sidrolândia abre 98 novos empregos em abril

O setor que ainda patina, reflexo principalmente da concorrência com os importados chineses e a retração consumo, é o da indústria têxtil.

Flávio Paes/Região News

23 de Maio de 2015 - 07:41

Empurrada pelas contratações da área de serviços e do setor industrial (puxada pela Seara) Sidrolândia conseguiu fechar o mês de abril com 98 novos empregos com carteira assinada. Destas novas contratações, 45 são do setor de serviço e 54 da indústria de transformação, das quais, 38 são do segmento de alimentos, exatamente aquele em que está inserido o frigorífico de frangos, a maior empresa privada da cidade. Os números são do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e do Ministério do Trabalho e Emprego.

No acumulado do ano o cenário ainda é de retração das ofertas de empregos. Houve mais demissões (954) que contratações (954), resultado na perda de 29 empregos, quadro pior que o do primeiro quadrimestre de 2014, quando houve um saldo positivo de quatro novos empregos (1.012 contratações 1.008 dispensas).  

De qualquer forma, os números do mês de passado servem de alento, já que foram melhores que os do mesmo período de 2014, quando foram criadas só 25 vagas ou que os de 2013, época em que foram fechadas 77 oportunidades de emprego, coincidindo com o literal início do desmanche da Usina Santa Olinda desativada de vez em junho daquele ano.  

O mês passado foi o mês que teve o melhor desempenho de 2015, que registrou em janeiro fechamento de 20 empregos; houve reação em fevereiro com abertura de 27 e novo arrocho no mês de março, com redução de 36 oportunidades de trabalho. Este resultado coincide com a inauguração do novo túnel de refrigeração da Seara/JBS, que investiu R$ 20 milhões para ampliar de 7 para 16 mil sua capacidade diária de refrigeração.

Há uma expectativa de que ainda este ano seja inaugurado o frigorífico Balbinos com projeção de gerar 700 empregos diretos, revertendo uma tendência negativa do setor industrial, que deu sinais de reversão em abril. No acumulado do ano há uma certa estagnação: de janeiro a abril, as indústrias de Sidrolândia, registraram um saldo negativo, 380 contratações, ante as 382 demissões.

O setor que ainda patina, reflexo principalmente da concorrência com os importados chineses e a retração consumo, é o da indústria têxtil. As duas indústrias (a Tip Top e a Via Blumenau), iniciaram o ano com 289 funcionários, com os cortes, hoje tem 202. No primeiro quadrimestre de 2015 houve o corte de 47 vagas de trabalho (14 contratações e 61 dispensas), sendo que só em abril, foram 7 vagas (13 demissões e 7 contratações). O quadro pode mudar se a Tip Top colocar em prática o projeto de ativar novas linhas de produção (com o fechamento da sua unidade de Campo Grande) gerando de 100 a 150 novos empregos até dezembro. Cobrou e recebeu da Prefeitura como contrapartida a isenção do IPTU por mais 5 anos.

Cenário estadual

Os efeitos da retração econômica sobre o mercado de trabalho fizeram com que Sidrolândia, com abertura de 98 empregos, tiveram o quarto melhor resultado de Mato Grosso do Sul, superando cidades do seu porte populacional, como Maracaju (com 88 novos empregos); Rio Brilhante (31), além de estar bem à frente de Campo Grande, onde houve o fechamento de 119 empregos formais. O ranking de geração de empregos foi liderado por Dourados com 336 novos postos em abril, seguido por Paranaíba com 108 e Três Lagoas, com 105. Ainda de acordo com o Caged, Naviraí (-133), Campo Grande (-119) e Coxim (-42) tiveram o pior desempenho entre os municípios. Corumbá, Nova Andradina e Aquidauana, também fecharam postos de trabalho.