Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 26 de Abril de 2024

Política

Após dois anos de ostracismo político, vice assume Prefeitura de Sidrolândia por 19 dias

Ascoli se distanciou do Governo desde setembro de 2013 quando sua esposa, Ana Lídia Ascoli, pediu exoneração da Secretaria de Saúde

Flávio Paes/Região News

25 de Maio de 2015 - 08:21

A partir desta segunda-feira, por 19 dias, o vice-prefeito de Sidrolândia, Marcelo Ascoli, assume o comando do executivo municipal, substituindo o titular do cargo. O prefeito Ari Basso viaja hoje para Brasília onde participa da 18ª Marcha dos Prefeitos, mobilização promovida anualmente pela da Confederação Nacional dos Municípios para cobrar recursos adicionais do Governo Federal para os municípios. A partir de amanhã Basso entra de férias.

Até o dia 14 de junho, Marcelo terá oportunidade de aproveitar a interinidade para desempenhar o protagonismo político que renunciou a desempenhar nos últimos dois anos. Neste período não só se afastou da administração, como também da militância do PSDB, flertou com o PT, se licenciou do trabalho como médico concursado da Prefeitura, lotado na Unidade Básica de Saúde do São Bento, mas não abriu mão do seu salário de aproximadamente R$ 12 mil como vice-prefeito, prerrogativa que a Constituição lhe assegura. Profissionalmente está atuando apenas no seu consultório particular.

O vice-prefeito se afastou tanto do PSDB, partido pelo qual ainda é filiado, que sequer foi na última convenção do partido quando foi eleito o novo diretório municipal, do qual nem fez questão de ser um dos 33 membros titulares ou um dos 11 suplentes.

Ascoli se distanciou do Governo desde setembro de 2013 quando sua esposa, Ana Lídia Ascoli, pediu exoneração da Secretaria de Saúde. Na campanha para o Governo do Estado em 2014, ficou longe do palanque do candidato tucano, Reinaldo Azambuja, eleito governador, preferiu apoiar a candidatura derrotada do petista Delcídio do Amaral.

Há setores do PT que defendem o nome do vice-prefeito como alternativa do partido para disputar a prefeitura com candidatura própria. Não será uma missão fácil, que dependerá primeiro, dele se filiar, depois terá de trabalhar para obter o apoio das diferentes correntes petistas.

Tucanos históricos, com a condição de que tenham seus nomes preservados, criticam a postura de Marcelo que na avaliação deles, sempre foi omisso nos momentos de maior dificuldade do Governo, especialmente quando foram adotadas medidas impopulares, como o fim da gratuidade do transporte universitário, gerando manifestações dos estudantes que bloquearam o trânsito na BR-060 e até ocuparam o Paço Municipal. “Em nenhum momento o dr. Marcelo se colocou à disposição para cooperar com o Governo, buscar uma interlocução com a sociedade. Assistiu a tudo de forma passiva e distante”, comenta um dirigente do PSDB.

O prefeito Ari Basso preferiu ignorar estas críticas dos seus companheiros de partido e tem feito gestos de reaproximação com o vice-prefeito. O mais evidente deles é justamente está sua decisão de tirar férias e dar oportunidade para Marcelo Ascoli comandar a prefeitura interinamente.