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Sidrolandia

Asas de avião onde estavam Huck e Angélica são recolhidas em MS

Local do acidente não tem mais partes do avião que fez pouso forçado. Peças e asas foram levadas para hangar da empresa MS Táxi Aéreo.

G1 MS

27 de Maio de 2015 - 16:05

O local do pouso forçado do avião que levava Luciano Huck, Angélica, além dos três filhos do casal, babás, piloto e copiloto, não tem mais peças da aeronave, segundo a assessoria da Força Aérea Brasileira (FAB).

A FAB informou que as peças foram removidas ainda na noite de terça-feira (26). O caminhão guincho que transportou partes da aeronave teve de fazer duas viagens até a empresa MS Táxi Aéreo onde foram armazenados os fragmentos do avião.

Em nota, a instituição comunicou que os investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) irão retirar componentes do sistema de combustível para análise. Todas as amostras serão levadas para o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), localizado em São José dos Campos (SP).

As partes da aeronave foram recolhidas por investigadores do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidente Aéreo (Seripa). Mecânicos e um engenheiro da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) também participaram dos trabalhos.

No início da tarde de terça-feira (26), um caminhão guincho chegou ao local do acidente para a retirada total do veículo, mas, conforme a assessoria da FAB, as asas da aeronave ainda não haviam sido recolhidas até o início da noite.

No dia anterior, a equipe coletou amostras de combustíveis, óleo do motor e filtros. Os especialistas também fizeram fotos de detalhes da aeronave, entrevistas com testemunhas e levantamento de evidências, conforme apurado.

Na terça-feira, de acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidente Aéreo (Cenipa), técnicos sentiram a necessidade de recolher sistema de bomba de combustível que fica dentro das asas. Os técnicos apuram a suspeita de que o combustível usado na aeronave pudesse estar com problemas, contaminado ou adulterado. Ainda conforme a FAB, não é possível definir prazo para conclusão da investigação.

O comerciante e produtor rural William Ferreira de Almeida, de 52 anos, que ajudou a transportar a família depois do acidente, contou que a apresentadora chorava muito, e os filhos tentaram acalmá-la durante o percurso.

Piloto e copiloto explicam pouso

Segundo o copiloto do avião, José Flávio de Sousa Zanatto, foram 5 minutos de tensão até o fim do pouso forçado. Ele disse que o primeiro sinal de que algo estava fora do normal foi quando o painel mostrou acesa a luz de advertência do filtro da bomba de combustível.

O piloto Osmar Frattini, de 52 anos, disse que durante a pene houve choros e gritos. Ele também deu detalhes sobre a manobra que precisou fazer para controlar o avião e fazer o pouso forçado.

Faltando apenas 10 dos 25 minutos calculados para completar o trajeto de Miranda (MS) a Campo Grande, ele conta que um alarme de emergência apontou uma falha.

Alta médica

Angélica recebeu alta na noite de segunda-feira (25), pouco depois de o apresentador Luciano Huck também ser liberado pelo Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo.

Ele sofreu "uma pequena fratura" na 11ª vértebra torácica e Angélica teve "um estiramento muscular na região da cervical". Ela ainda apresenta uma discreta lesão na musculatura da parede abdominal e pélvica.

Gravações de Estrelas

A apresentadora Angélica e a equipe estavam em Mato Grosso do Sul para gravações do programa "Estrelas", da TV Globo. De acordo com o GShow, a apresentadora grava nova temporada especial no Pantanal.

A produção levou convidados para apresentar receitas locais, realizar safári fotográfico e conduzir apresentações musicais. Rodrigo Simas, Daniel Rocha, Cristiano Araújo, Munhoz & Mariano foram alguns dos convidados.

Como foi o acidente

O casal, os filhos e as babás estavam no avião que fez pouso forçado em uma fazenda a cerca de 30 km de Campo Grande na manhã deste domingo (24). O piloto afirmou que a aeronave sofreu uma falha na bomba de combustível.

A Santa Casa de Campo Grande informou em nota, divulgada por volta das 15h do domingo (24), que não foi "diagnosticado nada grave" em nenhum dos pacientes atendidos após o incidente.

Na noite de domingo, a família foi transferida para o Hospital Albert Einstein, no bairro do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. Na mesma noite, as crianças e as babás Marcileia Eunice Garcia e Francisca Clarice Canelo Mesquita tiveram alta. O casal recebeu alta na segunda-feira (25).