Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quinta, 28 de Março de 2024

Sidrolandia

Professores e funcionários de universidades federais iniciam greve

UFF, UFPA, UFPB e UFT já tiveram assembleia para paralisar atividades. MEC diz que greve com data marcada "não é diálogo".

G1 MS

28 de Maio de 2015 - 09:29

Professores e técnicos administrativos de várias universidades federais paralisaram suas atividades a partir desta quinta-feira (28). O início da greve foi decidido em assembleia em universidades federais de Alagoas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro e Tocantins. Os servidores pedem reajuste salarial, reestruturação da carreira e aumento de investimentos nas federais.

No Mato Grosso do Sul, os professores da UFMS marcaram paralisação para sexta-feira (29). A próxima assembleia que decidirá sobre possível greve está marcada para o dia 10 de junho. Na Bahia, os funcionários terceirizados estão paralisados desde o dia 13.

A data do início da greve havia sido anunciada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), após decisão tomada no dia 16 de maio. Os professores tentam pressionar o governo federal a ampliar o repasse às universidades federais, apesar do corte de R$ 9,42 bilhões no orçamento do MEC.

Em nota oficial, o Ministério da Educação informou nessa quarta-feira que se reuniu com as entidades em busca de diálogo, "mas desde o início elas já informaram ter data marcada para a greve".

Alagoas

Os docentes e os técnico-administrativos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) paralisaram as atividades nesta quinta-feira (28). A greve, segundo eles, é por tempo indeterminado.

A decisão dos professores da Ufal foi tomada após assembleia na segunda-feira (25). Compareceram 179 professores, número suficiente, segundo o estatuto da entidade, para definir os rumos da mobilização que resultou no decreto de greve.

Amapá

Os professores da Universidade Federal do Amapá (Unifap) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta, segundo informações do Sindicato dos
Docentes da Universidade Federal do Amapá (Sindufap).

Os técnicos administrativos também discutem a possibilidade de deflagrar greve. Uma assembleia está sendo realizada na manhã dessa quinta-feira, para decidir quais setores da instituição vão continuar os serviços.

Bahia

Parte dos trabalhadores terceirizados da Universidade Federal da Bahia (Ufba) está em greve por tempo indeterminado. Eles pedem o pagamento dos salários de fevereiro, março e abril que ainda não foi feito pela empresa Líder Recursos Humanos, contratada pela universidade.

De acordo com a assessoria da Ufba, a paralisação é realizada apenas por parte dos terceirizados, mas não informou a quantidade. Disse ainda que esses servidores integram o quadro dos setores de limpeza e administrativo.

Na última quinta-feira (21), o reitor da Ufba, João Carlos Salles, assumiu que a universidade tem uma dívida de R$ 28 milhões, referente ao ano de 2014, e convocou a comunidade acadêmica e a sociedade civil para um ato público que pretende pressionar o governo federal contra os cortes no orçamento.

Mato Grosso

Professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) entraram em greve, por tempo indeterminado, a partir desta quinta (28). A decisão foi tomada em assembleia. A UFMT tem cerca de 20 mil alunos e 1.800 professores.

A reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, afirmou que foi notificada da greve, mas que não teve conhecimento da pauta de reivindicação da categoria. Ainda de acordo com a reitora, a universidade respeita os direitos dos trabalhadores e está aberta ao diálogo.

Mato Grosso do Sul

Professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) prometem parar nesta sexta-feira (29). Será um dia de paralisação e há indicativo de greve para 15 de junho.

Segundo informações da Associação dos Docentes da UFMS, a aprovação ou não da greve será debatida em assembleia no dia 10 de junho.

Pará

Servidores da Universidade Federal do Pará (UFPA) deram início hoje à paralisação aprovada em assembleia relizada na última segunda-feira (25). Os grevistas fecharam os portões de acesso da UFPA em Belém desde o começo da manhã.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará (Sindtifest), o portão principal, na avenida Bernardo Sayão, e o porto próximo ao ginásio, estão fechados.

A Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) também aderiram ao movimento. A categoria pede reajuste de 27% e reestruturação da carreira, além de piso salarial de R$ 3.182.

Paraíba

Os professores de Universidade Federal da Paraíba (UFPB), decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta, segundo informações da assessoria de imprensa da Sindicato dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (AdufPB).

A decisão foi tomada na quarta-feira (27) após uma assembleia realizada no auditório da Reitoria, UFPB, em João Pessoa.

Rio de Janeiro

Professores e técnicos administrativos da Universidade Federal Fluminense (UFF) decidiram entrar em greve, a partir desta quinta-feira (28). Na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a paralisação está marcada para esta sexta-feira (29) e na rural (UFRRJ) uma assembleia será realizada também nesta quinta-feira para definir se as aulas irão continuar.

Tocantins

Os professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) decidiram em assembleia realizada na terça-feira (26) a aprovação da greve da categoria. Segundo a Seção Sindical dos Docentes da UFT (Sesduft), a paralisação começou nesta quinta-feira (28), seguindo o movimento nacional, e será por tempo indeterminado. Cerca de 20 mil estudantes ficam sem aulas.

Greve nacional

Em comunicado divulgado na tarde de quarta-feira (27), o Andes-SN afirmou que a greve foi aprovada no dia 16 de maio como "o último recurso encontrado pelos docentes para pressionar o governo federal a ampliar os investimentos públicos para a educação pública, e dar respostas ao total descaso do Executivo frente à profunda precarização das condições de trabalho e ensino nas Instituições Públicas Federais, muitas das quais já estão impossibilitadas de funcionar por falta de técnicos, docentes e estrutura adequada".

Em 2012, na maior greve organizada pelo sindicato, as instituições pararam em maio, e a maioria delas retomou as aulas apenas em setembro, depois de quase quatro meses de paralisação. O movimento chegou a atingir, em níveis diversos, 57 das 59 instituições.