CPI da Petrobras deve fazer acareações em junho, diz Motta

A CPI da Petrobras da Câmara pretende promover, em junho, acareações entre delatores e acusados da Operação Lava Jato, informou o presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB). A intenção do colegiado, destacou o peemedebista, é confrontar diferentes versões apresentadas por suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção que atuava na Petrobras.

Motta explicou que, até 10 de junho, a comissão quer concluir a etapa de depoimentos dos executivos de construtoras acusadas de integrar o chamado “clube” de empreiteiras. Segundo o Ministério Público Federal, essas empresas combinavam preços e fraudavam licitações da Petrobras.

Concluindo os depoimentos, relatou o presidente da comissão, serão colocados em votação os requerimentos que pedem a realização das acareações de personagens-chave da Lava Jato. "Elas [acareações] são necessárias. Nos depoimentos colhidos, houve muitas informações divergentes. Só a acareação para esclarecer", ressaltou Hugo Motta.

Funcionários da OAS

Na sessão desta quinta-feira, os deputados que integram a CPI da Petrobras tomarão os depoimentos de dois funcionários da construtora OAS, uma das empresas investigadas na Lava Jato. Serão ouvidos o diretor financeiro da construtora, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, e o funcionário da OAS José Ricardo Breghirolli.

A OAS é suspeita de fazer parte do "clube" das empreiteiras, que pagavam propinas a funcionários da Petrobras, a partidos e políticos para assegurar contratos com a estatal do petróleo. Coutinho Sá e Breghirolli chegaram a ser presos na 7ª fase da operação policial, no final de 2014, mas desde abril estão detidos em regime de prisão domiciliar.