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Policial

Acusado de pedofilia, "avô postiço" é colocado em liberdade depois de prestar depoimento

Como o suspeito foi preso quando conversava com a menina dentro do carro, a Polícia não teve elementos para mantê-lo preso.

Flávio Paes/Região News

04 de Julho de 2015 - 07:41

Já está em liberdade José Raimundo Nascimento, 51 anos, preso em flagrante na última quinta-feira nos fundos da Escola Municipal Natália Moraes de Oliveira, sob acusação de há dois anos estar abusando sexualmente de T.O.C, uma menina de 12 anos, filha (do primeiro casamento) da mulher do seu filho. Como o suspeito foi supreendido quando conversava com a menina dentro do carro, o que por si só não é suficiente para caracterização do flagrante de crime sexual, a Polícia não teve elementos para mantê-lo preso.

Em entrevista à reportagem do Região News a prima da vítima, Jéssica Vanessa França, com quem ela mora no bairro Cascatinha, retificou algumas informações prestadas pela mãe da menina, Suzana França, que serviram de base para uma das reportagens a respeito da denúncia de abuso sexual.

Segundo Jéssica, ao contrário do que dona Suzana havia informado, a menina não denunciou à família estar sendo abusada há dois anos por Zé da Manga (como o suspeito é conhecido) no último dia 15 do mês passado. Na realidade isto aconteceu na segunda-feira passada, quando o suspeito de pedoflia a perseguiu na saída de escola e ela procurou socorro numa casa próxima.

Na terça-feira foi acionado o Conselho Tutelar e registrado um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia, quando a menor relatou o que vinha sofrendo.

T.C.O denunciou que no último dia 14 de junho, um domingo, quando José Raimundo a trouxe do Quebra Coco, ele parou no trajeto e a teria submetido a toda sorte de orgias sexuais. A obrigou a fazer sexo oral e anal. Até então, os abusos teriam sido restritos a carícias e a obrigação de ficar nua enquanto ele se masturbava.

Jéssica está convencida de que Zé da Manga há muito tempo vinha abusando sexualmente da menina, comprando o silêncio lhe oferecendo dinheiro, roupas e a levando para tomar sorvete. “Sempre deixei que ela fosse com ele, porque a mãe autorizou”, assegura.