David promove ‘limpa’, demite 5 para não estourar teto com folha e reduz em 35% gastos com comissionados

Depois de aumentar no início do ano em 72% a folha de pagamento com funcionários comissionados, o presidente da Câmara de Sidrolândia, David Olindo (SD), inicia o 8° mês de gestão reduzindo em 37% o salário dos assessores parlamentares e com a demissão de cinco assessores, todos com salários de R$ 3.705,00.

Estas medidas vão enxugar em 35% a folha dos comissionados, que cai de R$ 82.799,00 para R$ 53.437,00. Sem estes cortes, com a nomeação de 12 dos 23 concursados aprovados em 2012, a folha de pagamento do Legislativo aumentaria em 14,84%, passando de R$ 129.636,00 para R$ 148.8786,00. Com o enxugamento, a folha cai para R$ 119.516,00. 

A redução de quase R$ 30 mil (R$ 29.362,00) nos gastos dos comissionados neutraliza o impacto provocado pela chamada dos concursados efetivada nesta segunda-feira. A nomeação de 12 concursados, convocados para posse em até 30 dias, representará um custo adicional de R$ 19.242,00 elevando em 41% a folha do pessoal efetivo que sobe de R$ 46.837,00, para R$ 66.837,00. O quadro de funcionários de carreira dobra, de 12 para 24.

Na sexta-feira a assessora jurídica da Câmara, Paula Roberta Herestech, por telefone informou aos cinco atingidos sobre suas demissões (publicada no Diário Oficial de hoje), representando uma economia de R$ 18.525,00. Nesta leva de cortes todos os demitidos ganhavam salário de R$ 3.705,00 (R$ 2.850,00, mais 30% de gratificação), mas um dos atingidos, a publicitária Natalia de Souza chegou a ter remuneração de R$ 5.130,00 num curto período, quando ganhou 50% por dedicação exclusiva.

Além dela, esta fora da folha à inspetora, Solange Aparecida Mendes, a jornalista Thais Bett, a advogada Carolina Dar’c Santos e o Controlador, professor Marcio Marquetti, estes dois últimos, foram indicações que tiveram aval do senador Delcidio do Amaral.

A parcela adicional da economia com os comissionados será obtida com a redução de 37% dos 13 assessores parlamentares, que ganhavam R$ 2.236,00 (R$ 1.720,00 de salário base mais 30% de gratificação) e com o corte do adicional (que com a reforma administrativa aprovada em junho subiu para 50%), receberão R$ 1.632,00, abaixo da remuneração que tinham até 2012 (R$ 1.756,60). Esta mudança provocou a primeira baixa entre os assessores. Wellison Muchiutti, do gabinete do 1º secretário, Nélio Paim, pediu exoneração.

Outras duas assessoras também tiveram redução salarial: Nathalia de Moraes perdeu 40% dos vencimentos (de R$ 3.705,00 caiu para R$ 2.448,00); Maryélen Duarte, 37% (de R$ 2.236,00 passará a ganhar R$ 1.632,00). Em compensação Adão Rogério Castro, o Sujinho, foi contratado para receber R$ 1.632,00.

Ele era um dos sete assessores informais do presidente da Câmara, que recebia salário desde março por meios irregulares, incluindo o uso de notas superfaturadas e de uma empresa de fachada criada por sugestão de David Olindo.

Concursados convocados

Cargo: Auxiliar de Serviços Gerais 
Ângela Kelly Cordeiro dos Santos 
Claudinei de Carvalho Lima 
Gelci Paula da Silva 
Antônia Ferreira França

Cargo: Contador 
Fábio Seiki Kanamaru

Cargo: Operador de Áudio e Vídeo 
Jadiel Erik da Silva

Cargo: Procurador Jurídico 
Leonardus Evelyn Martins

Cargo: Técnico em Informática 
Otilio Ruben Ajala Junior

Cargo: Analista de Recursos Humanos 
Antônio de Freitas Pereira Neto

Cargo: Artífice de Copa e Cozinha 
Carolina de Castro Ferreira

Cargo: Assistente Administrativo 
Fábio Lima Pereira 
Thiago Lima de Araújo