Ônibus atrasa 45 minutos, prejudica 50 universitários e alguns até perderam provas

Pela segunda vez em uma semana, um grupo de 50 universitários perderam a primeira aula dos seus cursos em Campo Grande porque o ônibus que os levariam estacionou na praça central, local de embarque, com 45 minutos de atraso, as 18h15, quando deveriam chegar as 17h30. Alguns acadêmicos, como Sirlene Gomes, de 44 anos, não puderam assistir a primeira aula e com isto perdeu avaliação.

"Acho isto uma humilhação. Na semana passada muitos alunos ficaram para traz, porque não tinham carteirinha. Agora, com a situação regularizada, o mesmo problema, desta vez, porque o ônibus demorou a chegar de Maracaju, onde estava", desabafa.

Alguns acadêmicos resolveram manifestar sua indignação pelas redes sociais. Mylla Dias, estudante da UNAES, desabafou depois de não poder viajar para Campo Grande e com isto, perdeu aula, porque o ônibus estava lotado, “não sei o que aconteceu. Estou procurando me informar, mas o pessoal da Associação dos Estudantes não me atende".

Mylla espera o ônibus às margens da BR-060, na rotatória de acesso ao Capão Seco. Como o ônibus demorou para chegar e foi ficando escuro, ela temeu por sua segurança. "Os caminhoneiros passavam buzinando. Dois motoristas que eu não vi, pararam para me dar carona, certamente porque viram uma mulher sozinha na BR", alerta. A estudante ficou ainda mais apavorada porque o ônibus passou e uma colega de faculdade a informou por mensagem de celular que estava lotado e muita gente não pode embarcar na praça.

"Gente eu quero uma explicação? Se eu pago ou sou bolsista, tem alguém pagando por mim, eles tem o controle de quantos acadêmicos são. Tem que ter lugar para todos, se deu algum problema porque não avisaram antes? Quero resposta? Só eu estou indignada? O problema foi com os ônibus? Com associação? Com os administradores? E se eu tivesse prova hoje? Quem ia pagar pra eu fazer outro dia? Cadê os outros acadêmicos? Cadê os responsáveis? Se manifestem, por favor”, desabafou.

Outra reclamação dos estudantes é que os ônibus da Viação Monte Sião (que está prestando o serviço) estão em péssimas condições de manutenção, inclusive sem ar-condicionado.