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Política

Ascoli diz que se filiou ao PSL porque não teria chance de disputar prefeitura pelo PSDB

Ele garante que embora esteja empenhado em viabilizar-se como uma terceira via a polarização que sempre marcou a política sidrolandense.

Flávio Paes/Região News

05 de Outubro de 2015 - 16:21

O vice-prefeito Marcelo Ascoli, que surpreendeu a classe política trocando o PSDB pelo PSL, exatamente num momento de reaproximação com o Governo, admite que tomou esta decisão, porque avaliou não ter chance de disputar a eleição para prefeitura em 2016, caso não mudasse de partido.

Ele garante que embora esteja empenhado em viabilizar-se como uma terceira via a polarização que sempre marcou a política sidrolandense (PSDB/PMDB) não descarta a possibilidade de eventualmente encabeçar uma chapa majoritária apoiada por qualquer um dos grupos rivais.

“Não podemos rejeitar apoio de quem quer que seja”, avalia de forma pragmática, descartando a possibilidade de vir assumir uma postura de oposição radical ao atual governo. “Não vou ser uma pedra no caminho desta administração, nem atrapalhar o desenvolvimento da cidade”, assegura, garantindo que seu posicionamento político não significa um rompimento com a atual gestão.

“Tivemos divergências”, comenta, citando como exemplo desta discordância, o fechamento do posto central depois da meia-noite e a desativação de alguns veículos de apoio para o transporte de pacientes da zona rural para atendimento na cidade. Estas decisões acabaram culminando na saída da sua esposa, Ana Lídia, do comando da Secretaria de Saúde.

Foto: Heloisa Trindade/Região News

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Vice-prefeito Marcelo Ascoli durante entrevista na redação do jornal eletrônico Região News.

Ele faz questão de deixar claro que a ex-secretária não pediu demissão do cargo, “ela foi exonerada depois de colocar o cargo a disposição”. O vice-prefeito diz que neste “episódio ficou magoado”, porque em nenhum momento foi consultado pelo Governo, muito embora durante o processo de formação da chapa e na própria campanha, teria ficado acertado que a questão da saúde no município ficaria sob sua responsabilidade.

“Sempre fui solidário, estive a todo momento a disposição, mas em nenhum momento minhas ideias foram acolhidas pelo grupo que de fato toma as decisões na Prefeitura”. O vice-prefeito diz que em seu novo partido, não vai decidir sozinho, nem terá a última palavra. “Não serei dirigente partidário. Vamos decidir a partir do consenso com o partido, discutindo nossas ideias com a sociedade”, destaca.

“Queremos criar uma alternativa. Uma nova proposta de trabalho, sem atrelamento com qualquer um dos grupos políticos da cidade.