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Sidrolandia

Imasul vai vistoriar barragens de minério em Corumbá

A cidade fica a 417 quilômetros de Campo Grande e está localizada no meio do Pantanal.

Correio do Estado

24 de Novembro de 2015 - 10:27

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) anunciou nesta segunda-feira (23) que vai fiscalizar as barragens que armazena resíduos minerais no Maçico do Urucum, no município de Corumbá. A cidade fica a 417 quilômetros de Campo Grande e está localizada no meio do Pantanal.

A fiscalização está marcada para 7 de dezembro, uma segunda-feira.

Relatório do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão do Ministério das Minas e Energia, indicou que todas as barragens de Mato Grosso do Sul são de dano potencial alto. No Estado, existem 16 barragens, todas ficam em Corumbá, no Maciço do Urucum. Essas estruturas são semelhantes a que existiam em Mariana (MG) e acabaram se rompendo, causando danos extremos ao meio ambiente e a morte de dezenas de pessoas.

"Estamos utilizando do princípio da precaução para nos municiar de ferramentas que possam nos distanciar do risco de algo como o que ocorreu em Mariana (MG). Já entramos em contato com as empresas que atuam no Maciço do Urucum e região para realizar essa fiscalização, que será coordenada pelo Imasul”, disse o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Elias Verruck.

De acordo com o Imasul, a equipe de fiscalização será multidisciplinar, com engenheiros civis, geólogos e profissionais de outros órgãos e entidades. “Será um trabalho de parceria e de caráter técnico, por meio dele teremos instrumentos para analisar a real situação dessas barragens”, disse o diretor de Licenciamento do Imasul, Ricardo Eboli, que vai coordenar a equipe.

As licenças para instalação e operação das barragens de resíduos minerais são emitidas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A concessão da extração do minério é dada pelo DNPM.

As empresas que atuam em Corumbá são a Mineração Corumbaense, criada pela MMX e que atualmente está inativa, e a Vale. A barragem de Gregório, que pertence à MMX, tem capacidade para 10 milhões de metros cúbicos de resíduos e é a maior do município. O DNPM informou que foram feitas vistorias recentes nas barragens.