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Policial

Três são presas por cárcere privado e tráfico internacional de adolescentes

Com medo, as garotas disseram que não poderiam fazer programa porque estavam no período menstrual e pediram para voltarem até o país de origem

Correio do Estado

12 de Fevereiro de 2016 - 14:04

Três mulheres com idades entre 37 e 48 anos foram presas, na quinta-feira (11) em Maracaju, sob a suspeita de aliciarem adolescentes no Paraguai para serem exploradas sexualmente no município brasileiro. 

De acordo com as informações divulgadas pela Polícia Civil, Nereide Ferreira Buchmann, Lilian Pires dos Santos e Luciana Amaral Gomes foram descobertas depois de denúncias de duas adolescentes paraguaias, com 16 e 17 anos, respectivamente.

As vítimas teriam sido levadas para o município com a promessa de trabalharem em um restaurante, mas foram encaminhadas para uma boate, onde exigiram que realizassem programas sexuais.

Com medo, as garotas disseram que não poderiam fazer programa porque estavam no período menstrual e pediram para voltarem até o país de origem. Elas foram informadas que só poderiam deixar o local mediante o pagamento de uma taxa e decidiram então pedir autorização para irem até uma farmácia.

Quando chegaram até o bairro Nenê Fernandes, as garotas pediram ajuda para a Polícia Militar e o Conselho Tutelar.

Investigadores da Polícia Civil também foram acionados e foram até a boate Champanhe, onde prenderam as suspeitas. Nereide foi apontada como dona do estabelecimento, Luciana identificada como outra aliciadora que foi até o Paraguai e Lilian como a gerente do local.

Outras duas garotas paraguaias foram encontradas na boate e confirmaram as denúncias das adolescentes. As mulheres negaram as acusações de exploração sexual e disseram que as vítimas não eram impedidas de saírem.

Na boate, os policiais encontraram documentos falsos que eram entregues às meninas para que dissessem que eram brasileiras e maiores de idade.