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Economia

Desemprego fica em 10,9% no 1º trimestre de 2016, diz IBGE

Taxa é a maior desde o início da série da Pnad Contínua, em 2012. Número de desocupados subiu quase 40% sobre mesmo trimestre de 2015.

G1

29 de Abril de 2016 - 08:57

O desemprego ficou em 10,9% no primeiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa taxa é a maior desde o início histórica da Pnad Contínua, em 2012.

No trimestre encerrado em dezembro, o índice havia chegado a 9% e no primeiro trimestre de 2015, bateu 7,9%.

Segundo o IBGE, o aumento da taxa de desocupação ocorreu por causa da alta expressiva da desocupação, redução da ocupação e aumento da força de trabalho. “Está acelerando porque tem mais pessoas na população desocupada e menos pessoas na população ocupada. E isso está indo de forma bastante consistente ao longo dos últimos meses”, observou Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.

A quantidade de pessoas desocupadas cresceu 22% em relação ao período outubro a dezembro e chegou a 11,1 milhões. Já na  No comparação com o primeiro trimestre de 2015, a alta foi ainda maior, de 39,8%.

Na outra ponta, a população ocupada, que somou 90,6 milhões de pessoas, recuou 1,7% sobre o trimestre encerrado em dezembro do ano passado e 1,5% sobre o período de janeiro a março de 2015. O número de pessoas empregadas com carteira assinada também caiu e chegou a 34,6 milhões. Sobre dezembro, a diminuição foi de 2,2% e sobre os primeiros três meses de 2015, de 4%.

A maior redução partiu da indústria geral (-5,2% sobre dezembro), seguida pela construção (-4,8%) e pela administração pública (-1,9%). Sobre o trimestre de janeiro a março, houve alta do número de ocupados em transporte, armazenagem e correio (4,3%); serviços domésticos (4,3%) e alojamento e alimentação (4%), entre outros setores.

Com a redução das ofertas de emprego, o número de pessoas que optaram por trabalhar por conta própria cresceu em ambas as comparações. A alta foi de 1,2% sobre o trimestre de outubro a dezembro de 2015 e de 6,5% em relação ao primeiro trimestre de 2015.

“Tem componente sazonal atuando de forma bastante efetiva, que é: as pessoas que foram contratadas temporariamente foram dispensadas. O índice de efetivação praticamente não ocorreu, ele foi suplantado pela dispensa. Foram 1,6 mil trabalhadores dispensados. A perda do quarto trimestre para o primeiro trimestre foi de 1,606 milhão, ou seja, foram dispensados além do que foram contratados no final do ano”, analisou Azeredo.

Salário

De acordo com o IBGE, o primeiro trimestre deste ano mostrou que o rendimento médio recebido pelos trabalhadores ficou R$ 1.966 - 3,2% abaixo do registrado no mesmo período de 2015. Já sobre o trimestre encerrado em dezembro, não houve variação.

Frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, só subiu o rendimento dos trabalhadores domésticos: 2,3%. Já sobre o primeiro trimestre de 2015, houve redução dos ganhos para a categoria dos trabalhadores por conta própria: 3,9%.