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Policial

Morre homem de 56 anos queimado pelo amigo ao "chamar Lúcifer

O garçom sofreu ferimentos leves e foi autuado em flagrante após receber atendimento médico. Já Cláudio Rosa foi internado na UTI em estado gravíssimo.

Campo Grande News

04 de Maio de 2016 - 14:29

Morreu por volta de 11h30 desta quarta-feira (4) no Hospital da Vida, em Dourados, Cláudio Rosa, 56, que sofreu queimaduras em 80% do corpo após o amigo com quem morava colocar fogo no colchão durante uma brincadeira regada a cachaça, na noite de segunda-feira (2), na periferia da cidade localizada a 233 km de Campo Grande.

Em depoimento à polícia, o garçom Célio Novaes Tomaz, 49, que morava na mesma quitinete que Cláudio Rosa, disse que os dois tomavam cachaça quando começaram a brincar de “chamar Lúcifer”. Durante a brincadeira, Célio colocou fogo no colchão e os dois foram atingidos pelas chamas.

O garçom sofreu ferimentos leves e foi autuado em flagrante após receber atendimento médico. Já Cláudio Rosa foi internado na UTI em estado gravíssimo.

Nesta quarta-feira, o setor de enfermagem do Hospital da Vida informou que o paciente morreu em decorrência dos ferimentos. Um rapaz procurou o local e disse que era filho de Cláudio.

Ele contou aos funcionários do hospital que o pai estava desaparecido há seis anos e ficou sabendo dele quando viu a notícia sobre o incêndio. O corpo será encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).

Chamando Lúcifer – Após Célio colocar fogo no colchão e provocar o incêndio que provocou queimaduras nele e no amigo, o garçom foi preso por policiais militares após uma equipe ter sido acionada pelo hospital para verificar o caso.

Segundo o boletim de ocorrência, Célio confessou ter sido o autor do incêndio, iniciado após ele atear fogo no colchão onde estava Cláudio Rosa. As chamas aumentaram e também incendiaram a quitinete, localizada na rua São Francisco, no Jardim Itália.

Célio tentou fugir do local para não ser atingido pelo fogo, mas só conseguiu sair da casa após com a ajuda de vizinhos.

“Eu e o Cláudio, tínhamos bebido pinga e estávamos brincando de Lúcifer, então botei fogo no colchão dele", afirmou Célio aos policiais. Ele foi autuado em flagrante por incêndio culposo e tentativa de homicídio, mas agora vai responder por assassinato.