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Sidrolandia

Situação climática desfavorável volta a reduzir projeção da safrinha em MS

Estimativa foi reduzida de 7,5 mi de toneladas para 7,1 mi de toneladas. Lavouras já foram afetas por excesso de chuvas e por estiagem.

G1 MS

27 de Maio de 2016 - 16:03

As condições climáticas desfavoráveis provocaram uma nova redução da projeção de produção da safrinha de milho em Mato Grosso do Sul. Segundo dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga), da Associação dos Produtores de Soja do estado (Aprosoja/MS), a estimativa de colheita foi revista de 7,5 milhões de toneladas, da primeira quinzena de maio, para 7,1 milhões de toneladas, nesta semana.

Se confirmada essa estimativa representará uma queda de 21,47% em relação a produção da safrinha anterior (2015), quando foram colhidas no estado, de acordo com o Siga, 9 milhões de toneladas do cereal. A produtividade, ainda conforme as essas informações, deverá cair em média, 27,7 sacas por hectare, retrocedendo de 95,7 sacas por hectare para 68 sacas por hectare.

A Aprosoja/MS aponta que as condições climáticas desfavoráveis a agricultura vêm ocorrendo no estado desde o plantio da safra 2015/2016 de soja e estão influenciando no desenvolvimento do milho. A entidade alerta que caso o cenário não se altere, as perdas podem ser maiores ainda neste ciclo.

De acordo com a associação, o excesso de chuvas que ocorreu entre o fim da safra de soja e o início do plantio da safrinha de milho foi responsável diretamente por três problemas principais para o cultivo do cereal: cerca de 50 mil hectares, aproximadamente 3% da área total, deixaram de ser cultivados; áreas cultivadas e que foram perdidas devido ao excesso de umidade e áreas que foram plantadas após 10 de março, ficando de fora do período do Zoneamento Agrícola de Risco Climático do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e que representam mais de 39% do total semeado no estado.

Já em abril, a entidade ressalta que as lavouras de milho foram atingidas por um período de estiagem superior a 20 dias, o que afetou as plantas justamente quando elas estão no estágio reprodutivo e necessitam de água para o seu desenvolvimento. Isso também influenciou para a redução de produtividade esperada e, por consequência, vai afetar o volume total que deverá ser colhido.