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Policial

População de MS lidera ranking nacional de atendimento à vítimas de violência

Desde que foi aprovada a Lei Maria da Penha, em 2006, Mato Grosso do Sul registrou mínimo aumento no índice de violência contra a mulher, 1,1%.

Correio do Estado

29 de Maio de 2016 - 20:47

“A violência contra a mulher não é um fato novo. Pelo contrário, é tão antigo quanto a humanidade. O que é novo, e muito recente, é a preocupação com a superação dessa violência como condição necessária para a construção de nossa humanidade”. A frase foi retirada de estudo divulgado hoje (29), pelo Mapa da Violência 2015, onde o tema abordado foi Homicídio de Mulheres no Brasil, de Julio Jacobo Waiselfisz.

Conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan ), coletados em 2014, Mato Grosso do Sul lidera o ranking quanto ao número de atendimentos voltados à pessoas vítimas de algum tipo de violência doméstica, sexual e outras, onde a cada 10 mil habitantes, 60 pessoas buscaram ajuda na rede pública de saúde. Deste total, 37,4 são do sexo feminino e 22,6 do sexo masculino.

Desde que foi aprovada a Lei Maria da Penha, em 2006, Mato Grosso do Sul registrou mínimo aumento no índice de violência contra a mulher, 1,1%. Apenas São Paulo e Rio de Janeiro apontaram queda significativa, acima de 30% na redução dos casos.

Em Campo Grande, levantamento realizado em 2013 aponta que a cada 100 mil habitantes, 5 mulheres foram vítimas de violência. De 2006 a 2013, ou seja, a partir da lei que garante proteção à mulheres, a cada 100 mil habitantes 31,1 mulheres sofreram violência.

Em 2014 foram atendidas 223.796 vítimas de diversos tipos de violência no Brasil. Duas em cada três dessas vítimas de violência (147.691) foram mulheres que precisaram de atenção médica por violências domésticas, sexuais e/ou outras. Isto é: a cada dia de 2014, 405 mulheres demandaram atendimento em uma unidade de saúde, por alguma violência sofrida.

Com relação a idade, a maior taxa de atendimento está registrada entre os 12 e 17 anos, ou seja, 18 atendimentos a cada 10 mil adolescentes de ambos os sexos. Em todas as idades, até os 59 anos, os atendimentos femininos superam os masculinos.