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Sidrolandia

Doença contagiosa, mormo já atinge 39 cavalos em 11 cidades de MS

O 1º caso diagnosticado de mormo equino no Estado foi em abril de 2015 em Bela Vista, e desde então, segundo a coordenadora estadual do PNSE

Midiamax

31 de Maio de 2016 - 16:15

O registro de 39 casos de mormo em um ano no Estado está deixando autoridades, especialistas e criadores preocupados. A doença, que acomete principalmente os equídeos, é contagiosa e pode ser transmitida ao homem. Até o momento há confirmação em 11 cidades de Mato Grosso do Sul.

O 1º caso diagnosticado de mormo equino no Estado foi em abril de 2015 em Bela Vista, e desde então, segundo a coordenadora estadual do PNSE (Programa Nacional de Sanidade dos Eqüídeos), Kelly Noda Gonçalves, há casos confirmados em: Campo Grande, Miranda, Guia Lopes, Aquidauana, Camapuã, Paraíso das Águas, Corguinho, Batayporã, Taquarussu e Novo Horizonte do Sul. Também há casos sendo investigados em Itaquiraí e Amambaí.

“A gente fica preocupado porque é uma zoonose, que atinge humanos. Quase todo mês vamos em algum evento, por isso fazemos os exames de sangue para anemia e mormo. Hoje, tenho de 18 a 22 animais, e a gente procura fazer o manejo correto, como usar cocho individual quando vai em evento”, disse Nilson Paulo Ricartes de Oliveira, presidente da ABQM (Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha).

O manejo sanitário correto serve como prevenção para a doença, segundo o médico veterinário do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Horacio Tinoco. ”Quando tem eventos com aglomeração precisa fazer o exame de anemia e mormo, além da utilização de cocho d’água e alimento individual. Quem olha e suspeita que o animal está com doença, ao invés de colocar a mão, é melhor procurar um médico veterinário ou serviço oficial, porque o mormo pode passar para o ser humano”, explica.

A maior preocupação para a coordenadora do programa está em alguns animais confirmados, que continuam em propriedades. “São 15 animais judicializados, que os criadores entraram na justiça para não sacrificar. E, enquanto eles mantém animais positivos continua uma possível transmissão. É um risco não só aos produtores, mas também para os outros animais”, destaca.

Investigação

“Quando o produtor faz o exame no laboratório, dá positivo o próprio laboratório encaminha para gente o exame. Nós vamos na propriedade abrimos investigação, faz um novo exame, o teste de maleína, e dando positivo, é decretado o foco na propriedade”, explica a coordenadora do PNSE.

Segundo Kelly, a propriedade fica interditada desde o início da investigação. “Nenhum animal pode entrar ou sair. Se o animal é considerado negativo, a suspeita descartada, e a propriedade é desinterditada. Se confirmado, todos os animais passam pelo exame no intervalo de 45 e 90 dias”, cita ela.