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Sidrolandia

Associação dos Deficientes de Sidrolândia será fundada neste sábado

A iniciativa é de Adavilton Brandão e de sua esposa, Adriana Brandão que estão trabalhando pela organização de uma entidade que atue na defesa dos direitos das pessoas portadores de limitações.

Flávio Paes/Região News

25 de Junho de 2016 - 09:10

Está programada para hoje às 17 horas, a assembleia de fundação da Associação dos Deficientes Físicos de Sidrolândia. A iniciativa é de Adavilton Brandão e de sua esposa, Adriana Brandão que estão trabalhando pela organização de uma entidade que atue na defesa dos direitos das pessoas portadores de limitações.

A reunião está programada para a casa de Adavilton, que fica na Rua Rio Grande do Sul, 601. Aos 35 anos, pai de duas filhas, ele ficou tetraplégico como sequela de um acidente de trânsito no qual se envolveu em 2014. Com a associação, avalia que terá condições de sensibilizar as autoridades para a legislação de acessibilidade ser cumprida, especialmente nas repartições publicas, agências bancárias e nas futuras edificações da cidade.

Adavilton acha que muitos cadeirantes sequer sabem seus direitos, sem recursos, deixam de tomar os medicamentos prescritos, não tem acesso a tratamentos de reabilitação. "Os 40 dias que passei no Hospital Sara Kubitschek, em Brasília, além do atendimento com os melhores profissionais de fisioterapia, recebi todas as informações sobre os meus direitos, desde o recebimento do DPVAT, possibilidade de comprar um carro adaptado com melhores condições de financiamento", explica.

Até o dia 7 de fevereiro de 2014, Adavilton seguia a rotina de um trabalhador, chefe de família, que aos finais de semana se encontrava com os amigos para jogar uma pelada. Sua vida mudou radicalmente após um acidente com o Fiat Strada da empresa na qual trabalhava.

O veículo capotou depois que ele manobrou para evitar um choque frontal com uma caminhonete. Levado para Santa Casa, em Campo Grande, ficou 15 dias internado. Fora de perigo, mas com fratura na medula que o deixou tetraplégico: perdeu os movimentos das pernas e 80% dos braços.

Após mais de dois anos de tratamento no Sara e no centro de fisioterapia da APAE em Campo Grande, Adavilton conseguiu recuperar parte dos movimentos dos braços, além da autoestima.