Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 29 de Março de 2024

Sidrolandia

Público vai ao delírio na entrada da tocha na praça carregada pelo professor José Roberto

Por decisão dos representantes do Comitê Olímpico, não foi autorizado à participação do catador de latinhas, Miguel Valdir da Silva.

Flávio Paes/Região News

26 de Junho de 2016 - 22:39

A chegada da tocha olímpica à Praça Porfirio de Brito, carregada pelo professor José Roberto Delasta agora dedicado às corridas, levou o público presente ao ápice da emoção, embalada por fogos, fundo musical e chuva de papel picado. 

Ele subiu ao palco montado onde estavam às autoridades, quando então, aconteceu o “beijo” das tochas, feito com a fisiculturista Edna Oshiro. O sistema de acendimento só funciona após o giro de uma chave na parte de baixo da tocha que a faz expandir. São liberados, então, uma mistura de butano e propano para deixar a chama com cores bonitas.

Foto: Rafael Brites

Público vai ao delírio na entrada da tocha na praça carregada pelo professor José Roberto

Edna desceu a rampa levando outra tocha, depois de haver o acendimento, retomando o trajeto pela Avenida Dorvalino dos Santos em direção a Rua João Marcio Ferreira Terra, passando pelo ginásio de esporte, subindo pela Rua Napoleão Ferreira Ribeiro até retornar à Dorvalino, onde seguiu até os últimos trechos do trajeto, até a rotatória do Pé de Cedro, de onde seguiu em direção a Maracaju.

Por decisão dos representantes do Comitê Olímpico, não foi autorizado à participação do catador de latinhas, Miguel Valdir da Silva, o “Peixão” que chegou a ser convidado pela Prefeitura para segurar a tocha enquanto durasse a cerimônia na praça. A alegação é de que ele não estava na lista oficial dos condutores. Mesmo assim, ele permaneceu o tempo todo no palco e depois acompanhou o restante do trajeto.

Quem também não carregou a tocha foi o jovem terena Flademir Figueiredo, que levaria o símbolo olímpico entre a Escola Municipal Porfiria Lopes e a Rua Napoleão Ribeiro. O rapaz ao invés de se dirigir à Prefeitura a partir das 7 horas como os demais participantes foi direto para o local onde receberia a tocha.

Entre os que fizeram o revezamento no trecho final (a partir da Rua Prudente de Morais), um dos mais emocionados foi o professor Cesar Leon, escolhido (por indicação da Secretaria Estadual de Educação) pelo trabalho voluntário de iniciação ao xadrez que desenvolve junto aos seus alunos (dá aula de História na Escola do Assentamento Jiboia e no Sidrônio Antunes de Andrade).

São 12 anos desenvolvendo esta ação que no momento abrange 50 crianças e adolescentes. Bancou os seus deslocamentos até o assentamento e comprou os relógios usados nas partidas. Teve apoio da Associação de Pais e Mestres da Escola Sidrônio para aquisição  dos tabuleiros.

Tem levado, com recursos próprios, alguns alunos para participar de competições nacionais, nas quais tem sido conquistados títulos. Está empenhado em levar uma delegação sidrolandense para participar no dia 1º de setembro em Poças de Caldas (Minas Gerais), outra competição nacional da modalidade.