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Policial

Facção criminosa tem mais de três mil “soldados” no Estado

O Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande e a Penitenciária de Dourados são os principais focos da organização criminosa dentro do Estado

Correio do Estado

27 de Junho de 2016 - 07:27

O propósito da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) de estender suas ramificações para dentro do Paraguai, onde pretende conquistar o controle do tráfico de drogas e armas, é consequência do crescimento direto que vem conseguindo em Mato Grosso do Sul.

Nascido em presídios paulistas, o projeto de expansão do grupo passa por MS, onde seus integrantes também já dominam os principais estabelecimentos penais. O juiz federal Odilon de Oliveira avalia que mais de três mil presos do sistema carcerário estadual pertencem à facção, como “soldados”.

O Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande e a Penitenciária de Dourados são os principais focos da organização criminosa dentro do Estado. Mesmo atrás das grades, os integrantes da facção conseguem dar ordens e gerenciar operações de tráfico de drogas, roubos, latrocínios e assassinatos.

Segundo o magistrado, um entre cada cinco detentos está ligado à organização, “instalada” de forma estratégica pelo líder Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola. O objetivo é manter a proximidade com a Bolívia e o Paraguai, respectivamente, os maiores produtores de cocaína e maconha do mundo. Essa proximidade facilita a logística do tráfico internacional de drogas, financiado, principalmente, pelo roubo e furto de veículos.