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Policial

Localização e riquezas de cidade foram critérios de quadrilha para explodir banco

Wemerson Felipes Alves, 32, foi localizado em Goiânia (GO). Ele é apontado como um dos responsáveis pelo planejamento e execução do roubo, assim como Paulucci.

Correio do Estado

01 de Julho de 2016 - 16:13

A agência do Banco do Brasil de Sonora (MS) foi escolhida como alvo de criminosos pela posição geográfica e por questões econômicas, conforme informação divulgada pelo delegado Edilson dos Santos, em coletiva de imprensa, realizada hoje, na Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros (GARRAS).

Segundo delegado, além da proximidade com o estado de Mato Grosso, que facilitaria a fuga, a quadrilha considerou o desenvolvimento econômico da cidade concluindo que havia movimentação de grande quantia em dinheiro, especialmente porque há uma usina de açúcar na cidade.

Ao todo, nove pessoas participaram da ação conhecida como “Novo Cangaço” em que, segundo o delegado, “os criminosos com arma de fogo impedem que os policiais saiam de casa e fogem da cidade, levando dinheiro e fazem reféns”, detalhou.

Deste total, quatro integrantes já foram presos: José Ronaldo dos Santos, de 40 anos, suspeito de ceder uma caminhonete para o assalto foi encontrado em Várzea Grande (MT). Na mesma cidade, os policiais prenderam Wellington Xavier de Campos Paulucci Vieira, 37,  e Márcio Rodrigues da Costa, 38.

Wemerson Felipes Alves, 32, foi localizado em Goiânia (GO). Ele é apontado como um dos responsáveis pelo planejamento e execução do roubo, assim como Paulucci. A função de conduzir o veículo para transportar os criminosos e de guardar parte dos explosivos era de Rodrigues.  Estes artefatos foram apreendidos pela polícia.

Outros três homens estão foragidos: Bruno Saraiva Mota de Souza, 30, Ronalth Correia Coelho, 35, e Waldir Fabriciano Duque, 32, e mais dois ainda não foram identificados, mas a polícia não descarta a participação de mais pessoas.

“Eles agem com extrema violência, são perigosos e andam fortemente armados”, pontuou o delegado Fábio Peró, reforçando que todos tinham passagens pela polícia, inclusive pela explosão de carros-fortes.

Outro delegado que participou da investigação, Francis Flávio Freire, de Sonora (MS), contou que o clima ficou tenso na cidade depois do crime. Segundo ele, o valor subtraído da agência bancária foi de R$ 795 mil. O prejuízo da destruição do prédio foi avaliado em R$ 1 milhão.

Com os criminosos, a polícia apreendeu dois veículos usados como apoio na ação criminosa.

O CRIME

Quadrilha fortemente armada causou terror e deixou a população de Sonora em pânico, no dia18 de abril, quando caixas eletrônicos de uma agência do Banco do Brasil, localizada na Avenida Marcelo Miranda Soares, no Centro da Cidade, foram explodidos e polícias enfrentadas a tiros.