Sidrolandia
Dilma diz que não autorizou. Mas não nega caixa 2 em campanha
Presidente afastada afirmou que nunca autorizou repasse de dinheiro sujo. Marqueteiro admitiu ter recebido 4,5 mi de dólares do petrolão
VEJA
22 de Julho de 2016 - 15:29
No dia seguinte ao depoimento em que o casal João Santana e Mônica Moura admitiu que dinheiro desviado dos cofres da Petrobras pagou dívidas de campanha de Dilma Rousseff, a presidente afastada afirmou que nunca autorizou o pagamento de caixa dois a ninguém. Mas não negou o repasse de propina: Se houve pagamento, não foi com o meu conhecimento, prosseguiu a petista nas redes sociais.
Em depoimento ao juiz federal Sergio Moro na quinta-feira, o marqueteiro e sua mulher e sócia confessaram que, ao serem presos em fevereiro pela Polícia Federal, mentiram no inquérito. Ao juiz federal Sergio Moro, o casal esclareceu que 4,5 milhões de dólares recebidos por meio do doleiro e operador de propinas Zwi Skornicki era dinheiro da campanha eleitoral de Dilma Rousseff, em 2010.
Segundo Mônica, os valores recebidos por meio do operador eram relativos a dívidas da campanha presidencial de 2010 (Dilma) e Zwi lhe foi indicado pelo então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Ela negou, contudo, que soubesse que o dinheiro tinha origem em propinas do esquema Petrobras. Afirmou que está disposta a colaborar com a Justiça, mas só o fará com acordo assinado.