Depois de três anos, feira garante a assentados renda mensal de até R$ 2,5 mil

A Feira da Rua Distrito Federal, no Jardim Jandaia, completou três anos de criação no último dia 13, mas além da população, que ganhou espaço de compras e lazer aos sábados a partir das 16 horas, quem está comemorando são os 50 feirantes remanescentes da sua primeira edição, especialmente assentados, que chegam a faturar R$ 2,5 mil com suas edições semanais (a de quarta-feira é no Bairro São Bento). O aniversário foi festejado no sábado, com apresentações musicais e artísticas.

Para muitos agricultores familiares, como o senhor Vilson dos Santos da Silva, do Assentamento Geraldo Garcia, a feira deu tão certo, que ele agora consegue se sustentar com sua atividade no lote de 21 hectares. “Estou há mais de 10 anos no assentamento, mas acabei abandonando a produção de leite e voltei a trabalhar na construção civil para sobreviver. Com a feira, passei a trabalhar com horta explorando apenas um hectare de canteiro, estão sendo produzidos, alface e cheiro verde numa quantidade para viver da venda. Antes era complicado, sair vendendo de porta em porta”, lembra. 

Foto: Reginaldo Mello/Região News

Vilson dos Santos da Silva, do Assentamento Geraldo Garcia após a feira consegue se sustentar com sua atividade no lote de 21 hectares

Outro entusiasta da feira é o assentado Juvenal Francisco, que aos 75 anos, contando apenas com ajuda da mulher, dona Catarina, de 65 anos, produz de “tudo um pouco” no Assentamento Santa Terezinha. “Minha produção é saudável, orgânica, não uso agrotóxico”, garante. Ele adotou o sistema agroecológico num espaço de 0,5 hectare, no formato de mandala, onde produz uma variedade de legumes. Também planta abacaxi e banana. Produz doce, queijo, além de vender leite caipira. Ele calcula que consegue R$ 1 mil por feira.

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Juvenal Francisco e a esposa dona Catarina produzem de “tudo um pouco” no Assentamento Santa Terezinha.

Retorno financeiro satisfatório também tem dona Elza Marques da Silva, do Eldorado 2, que é adepta do sistema de produção agroecológico. O forte da sua produção é a mandioca cultivada em 1,5 hectare, vendida descascada na feira. “Há 10 anos venho vender na cidade. Antes vinha às sextas-feiras de madrugada no mercado. Agora faço a feira do sábado e da quarta-feira, com resultados muito melhores”, avalia.

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Elza Marques da Silva, do Eldorado 2, que é adepta do sistema de produção agroecológico.

A Feira central foi inaugurada pela Prefeitura Municipal no dia 13 de julho de 2013. Depois da Feira Central do Bairro Jandaia já foram criadas as Feiras Livres do Capão Seco na Agrovila Cidade Viva, do Bairro Carandazal e a do Distrito do Quebra Coco.