Policial
Promotoria afirmou que tortura de criança foi ato de selvageria
Ministério Público pediu a prisão preventiva dos tios, acusados do crime
Correio do Estado
30 de Julho de 2016 - 09:10
Promotor de Justiça que acompanha crime de tortura que terminou com morte de criança de 3 anos em Dourados classificou o caso como "ato de selvageria".
João Linhares Júnior, titular da 4ª Promotoria de Justiça de Dourados, realizou audiência de custódia na tarde de ontem (29) e pediu a prisão preventiva (sem prazo para findar) dos principais suspeitos do crime, Vanilson Espíndola Agueiro e a mulher dele, Roseane Peixoto, ambos de 28, que são tios da vítima.
A menina, que era criada pelo casal desde 2 de dezembro de 2015, sofreu várias lesões graves pelo corpo causadas por água quente. Ela também apresentou machucado no órgão genital e tinha uma perna quebrada.
Segundo apurado, a mãe da menina, que morreu no Hospital da Vida na quinta-feira (28), seria usuária de drogas e por isso havia perdido a guarda. Foi na unidade de saúde que funcionários acionaram Conselho Tutelar e Polícia Militar devido à gravidade dos machucados.
Os tios foram presos na sexta-feira e vão responder pelos crimes de tortura e estupro de vulnerável, ambos considerados hediondos.
Os acusados já foram ouvidos em juízo e o Ministério Público vai garantir o direito público, pois foi um ato de selvageria que ocasionou revolta e indignação na população local, explicou o promotor de Justiça.