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Esporte

Reencontro com francês é marcado, e Braz não vê "obrigação" por vitórias

Aos 22 anos, brasileiro pensa em descanso e rechaça maior responsabilidade após o ouro olímpico. Ele e Lavillenie se enfrentam novamente na próxima semana

Globo Esporte

26 de Agosto de 2016 - 14:24

A cena que ficará marcada por muito tempo tem como cenário o Rio de Janeiro. Aquele salto de 6,03m rendeu o ouro, recorde olímpico e colocou Thiago Braz em outro patamar. Na sequência, as vaias e as muitas reclamações de Renaud Lavillenie atraíram ainda mais holofotes ao título. Depois da polêmica e até da reconciliação dos atletas, Thiago e o francês se enfrentam na próxima quinta-feira em um novo cenário, na etapa da Diamond League de Zurique, na Suíça. A informação foi confirmada pelo site do evento. Antes do tira-teima entre os dois últimos campeões olímpicos do salto com vara, o brasileiro evita o papel de ''homem a ser batido'' nos próximos compromissos. 

- Não vejo responsabilidade nenhuma nisso. Eu sou jovem ainda. Não posso tão jovem assim querer pegar o salto com vara e ser o número 1 do mundo. Não é porque ganhei o ouro na Olimpíada que eu preciso ganhar todas as competições.  Não é uma obrigação, mas vou me cobrar - disse Thiago Braz, de 22 anos. 

A Diamond League de Zurique será a primeira competição de Thiago após o ouro olímpico. Ele embarca de volta para a Itália, onde treina e vive com o técnico ucraniano Vitaly Petrov, neste domingo. Vice-campeão olímpico, Lavillenie voltou aos torneios nesta quinta, com prata na etapa de Lausanne. No fim de semana, competirá em Paris, diante de sua torcida. Apesar de ainda saltar em 2016, Thiago Braz também pensa em descanso.

- Por enquanto, eu quero descansar. Nem pensei ainda no próximo ciclo. Quero finalizar este ano, competir as três que eu já tinha marcado antes da Olimpíada. Para os próximos anos, vamos dar uma descansada, tentar manter só resultado.

Nascido em Marília, Thiago Braz era apontado como esperança de medalha nos Jogos Olímpicos do Rio desde o começo do ciclo. Foi prata nas Olimpíadas da Juventude e se mantinha ano após ano entre os melhores do ranking. No entanto, falhou nas principais competições antes do Rio. Neste mês, no entanto, surpreendeu a todos com a melhor performance de sua carreira e bateu o favorito Lavillenie na final olímpica.