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Policial

PM recaptura Pokémon que estava foragido do semiaberto há dois meses

Pokémon, como é conhecido, estava foragido desde agosto do sistema prisional.

Flávio Paes/Região News

20 de Outubro de 2016 - 16:06

Uma guarnição da Polícia Militar recapturou nesta quinta-feira (20) por volta das 11 horas, Ivânio Arguelho, 22 anos, que cumpria pena em Campo Grande, no regime semiaberto, condenado em maio passado por tentativa de homicídio.

Pokémon, como é conhecido, estava foragido desde agosto do sistema prisional, muito embora tivesse chance ser colocado em liberdade graças a um habeas corpus impetrado no mês de julho em seu favor pela defensoria pública. Atendendo denúncia anônima, os policiais foram até a Rua Leôncio de Souza Brito, esquina com Antônio Correa da Costa, onde localizaram o foragido que se entregou à guarnição sem oferecer resistência.

O histórico policial de Pokémon começou quando ele ainda era menor. No dia 12 de novembro de 2013 ele se envolveu numa briga com integrantes de gangues rivais, houve troca de tiros na Rua Antônio Alves Nantes. Com a chegada da polícia, Ivânio se escondeu numa casa, depois de ameaçar a proprietária. Acabou localizado embaixo da cama. Na briga, Fernando Henrique Lima Saravi foi baleado.

De volta às ruas no mesmo dia, Pokémon foi reconhecido por um motorista de ônibus da Vacaria Transporte, vítima de assalto a mão armada, dia 13 de madrugada, quando chegava em casa, na Rua Afonso Pena esquina com a General Pinho, retornava do trabalho.

No último dia 20 de maio ele foi a julgamento, acusado de dupla tentativa de homicídio contra o casal Fabiana Rocha da Mata e Cícero Silva de Souza, por duas vezes, quando eles passavam em frente do Mercado São Jorge no Bairro Santo Bento, por volta das 7h30 da manhã de um domingo, dia 6 de setembro de 2015. Em janeiro o juiz Evandro Endo, proferiu sentença de pronuncia, na qual reconheceu a existência de provas e de indícios suficientes de autoria dos crimes.

Na mesma decisão o juiz manteve a prisão preventiva de Pokémon, por entender que “persistem razões fáticas e jurídicas que fundamentaram sua segregação cautelar”. Ivânio foi enquadrado no artigo 121, parágrafo 2º, inciso IV (dificultou a defesa das vítimas). Ele também é acusado de desacato à autoridade, pois durante a prisão, “passou a proferir palavras ofensivas aos policiais, o que foi repetido em juízo no momento que se procedia ao reconhecimento do réu pelas vítimas”.

A tentativa de homicídio

No dia 06 de setembro 2015, Pokémon entrou armado no Mercado São Jorge, na rua Tomas da Silva França, ofendendo todos os clientes. Após sair do mercado, retornou momentos depois, quando passou a ofender Cícero Silva de Souza e a esposa dele, Fabiana Rocha da Mata, que estavam na porta do estabelecimento. Fez dois disparos, mas errou os alvos. Só não efetuou o terceiro porque a arma falhou. As vítimas tiveram que se proteger dentro do mercado.

Acompanhado de uma das vítimas, os policiais localizaram Pokémon na Rua Antônio Correa da Costa. Como resistiu a voz de prisão, teve de ser algemado. Ao ser colocado no compartimento de preso da viatura, ele começou a chutar e a se debater chegando a amassar a grade do interior do camburão.

Na casa onde mora, os policiais não encontraram a arma usada nos disparos. No seu bolso foi localizada uma cápsula calibre 38, deflagrada. Uma das últimas prisões de Pokémon foi em dezembro de 2013. Na época, exatos 40 dias depois de ter sido preso após trocar tiros com integrantes de uma gangue rival, ele se envolveu em mais uma confusão.

O jovem, que desde adolescente tem um longo histórico de passagens pela polícia, é irmão de Maicon, o rapaz que naquele mesmo final de semana fez disparos contra a casa de Luiz Magno que revidou com a mesma atitude.

Na ocasião se juntou ao irmão, Deivid Arguelho, o Boner e a um conhecido, Henrique Rodrigues Gonçalves, para atormentar o final da tarde de domingo de dois vizinhos da casa onde estavam na Rua Osvaldo de Brito, Jardim Pindorama. Os três promoviam algazarra, ouvindo som em alto volume e de quebra Deivid fazia questão de erguer a camisa para exibir um revólver calibre 38, na cintura.

Quando a PM chegou, Boner tentou esconder a arma no quintal e ainda afrontou os policiais, exigindo um mandado e dirigindo a eles palavrões. O morador da casa, Henrique Rodrigues, confessou ser o dono da arma.