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Política

Na bolsa de apostas do futuro secretariado, Nelinho na Saúde; Alice na Educação e Elaine Brito, entre os cotados

Uma sinalização importante foi dada, quando Marcelo protocolou na Prefeitura os três integrantes da sua equipe de transição.

Flávio Paes/Região News

23 de Outubro de 2016 - 22:42

Embora o prefeito eleito Marcelo Ascoli (PSL) não tenha feito nenhum pronunciamento a respeito, crescem as especulações nos meios políticos sobre a composição da sua futura equipe de Governo. Uma sinalização importante foi dada, quando Marcelo protocolou na Prefeitura os três integrantes da sua equipe de transição. Integram a equipe de transição; Renato da Silva Santos (Contador), Luiz Cláudio Neto Palermo (Advogado) e Raimundo Campelo Guerra. Este último (Guerra) foi coordenador de Planejamento do ex-prefeito Daltro Fiúza. Renato é funcionário concursado.

Na bolsa de apostas, são fortes a chances do vereador (não reeleito) Nélio Paim ser indicado para a Secretaria de Saúde, dentro da cota do PMDB, embora ele seja filiado ao PR. Nelinho (que é bioquímico concursado da Prefeitura), com o aval do sogro Valquirio Rossato, vai se tornar peemedebista e ocupar o cargo que foi exercido pela professora Tânia Rossato (sua sogra) na última administração Daltro Fiúza. Valquirio, militante histórico do PMDB, se engajou na campanha do prefeito eleito, tendo inclusive colaborado financeiramente (doou R$ 38 mil).

Quem também tem força para compor secretariado é a advogada Elaine Brito, presidente em exercício da subseção da OAB de Sidrolândia. Filiada ao PMDB, ela já acompanhou o futuro prefeito em agendas na Capital. Para surpresa de muitos, que especulavam sua ida para a Procuradoria ou Controladoria da Prefeitura, por conta da sua formação jurídica, dá-se como provável sua nomeação para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Este cargo em princípio estaria reservado para o ex-secretário Nilo Cervo, cotado também para a Secretaria de Infraestrutura.

Um terceiro nome muito especulado é o da professora Alice Aparecida Rosa Gomes, cotada a Secretaria de Educação. Sua escolha seria na cota do Democratas, partido da futura primeira-dama, Ana Lídia. Ela foi secretária interinamente entre novembro de 2013 e janeiro de 2014, substituindo a titular do cargo, Inês Nestor.

Como efetiva permaneceu no cargo por três meses, tendo pedido exoneração em março de 2014, reclamando da falta de autonomia e após ter confirmado num depoimento na Câmara, que recursos da parcela de 60% do Fundeb (exclusiva para pagar salário de professores), foram usados para pagar funcionários administrativos da Educação e do projeto Mais Educação, como conseqüência a Prefeitura teve de devolver ao fundo R$ 444 mil.

Por enquanto o prefeito eleito não conversou com os partidos que o apoiaram na eleição sobre cargos no primeiro escalão. O PT, por exemplo, deve indicar os secretários de Desenvolvimento Rural e de Assistência Social. Há ainda o compromisso de criação de uma Secretaria de Assuntos Indígenas.

Em postagens nas redes sociais, o futuro vice-prefeito, Wellison Muchiutti, tem feito manifestações no sentido de que a futura administração não vai inchar a Prefeitura com contratações.

“O velho patrimonialismo de cabide de emprego e regalias com o dinheiro público deve ser extinto. Não há mais espaço para esses vícios constantes numa administração que exige a supremacia do interesse público sobre o privado "sempre".

Devemos ser justo com tudo, desde um salário do servidor até uma licitação. Acabar com as práticas de que o Poder Público serve para ganhar dinheiro apenas.

Sei que mudar um costume de um povo e sempre a longo prazo, mas ele deve ter seu início. Não pode um gestor público temer em fazer a coisa certa, você tem que olhar uma cidade pensando sempre como ela vai ser daqui 30 anos. Olhar as necessidades do povo, conviver com as pessoas dentro da sua dificuldade e respeitá-la sempre.

O momento agora para abafar essa crise que só tem previsão do País voltar a crescer em 2022, e sempre apelar para a técnica incansável de manter suas convicções e não temer em fazer coisas boas. Tem remédios amargos que curam muito e pelo que percebemos devem ser feitos em todos os locais”.