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Esporte

Bola de Ouro: CR7, Bale, Griezmann, Messi e Neymar são indicados

Revista "France Football" torna público candidatos ao prêmio, que voltará a ser separado do troféu da Fifa. Camisa 11 do Barça é o único brasileiro entre finalistas

Globo Esporte

24 de Outubro de 2016 - 16:20

A revista "France Football" divulgou nesta segunda-feira os nomes dos 30 jogadores indicados para a Bola de Ouro de 2016. Fazendo mistério, e revelando cinco nomes a cada duas horas, a publicação francesa apontou os considerados favoritos Cristiano Ronaldo, Bale, Griezmann e Messi, com Neymar como único brasileiro entre os postulantes. Além deles, foram confirmados como finalistas Agüero, De Bruyne (Manchester City), Aubameyang (Borussia Dortmund), Buffon, Higuaín, Dybala (Juventus), Godín e Koke (Atlético de Madrid), Ibrahimovic e Pogba (Manchester United), Iniesta, Suárez (Barcelona), Kroos, Modric, Pepe, Sergio Ramos, (Real Madrid), Lewandowski, Müller, Neuer, Vidal (Bayern de Munique), Lloris (Tottenham), Mahrez e Vardy (Leicester), Payet (West Ham) e Rui Patrício (Sporting). Será o primeiro troféu dado pela publicação desde o rompimento com a Fifa, confirmado em setembro deste ano.

Desta forma, o campeão europeu Real Madrid é o clube com mais candidatos entre os finalistas, com cinco jogadores. O Barcelona teve quatro atletas apontados, assim como o Bayern. O Juventus contou com três indicados, e Atlético de Madrid, Leicester, Manchester City, Manchester United tiveram dois. Apenas três dos 30 finalistas foram campeões da Eurocopa com a seleção portuguesa: Cristiano Ronaldo, Pepe e Rui Patrício.

A Bola de Ouro foi criada em 1956 pela "France Football" para eleger o melhor jogador europeu do ano, com votos de jornalistas. A partir de 1995, o prêmio passou a aceitar vencedores nascidos em outros continentes com a vitória do liberiano George Weah. Em 2010, a revista e a Fifa unificaram o troféu de melhor do mundo criando a Bola de Ouro Fifa, juntando votos de jornalistas e capitães e técnicos das seleções.

Porém, não houve acordo para a renovação do contrato. Após a posse do presidente Gianni Infantino, a "France Football" pediu 5 milhões de euros (R$ 17,5 milhões) à Fifa para continuar a parceria, proposta recusada pelo substituto de Joseph Blatter. No dia 9 de janeiro de 2017, a entidade voltará a entregar um prêmio seu, agora batizado de "Fifa's Best".

Durante a parceria entre "France Football" e Fifa,somente dois jogadores conseguiram levar a Bola de Ouro. Messi ganhou em 2010, 2011, 2012 e 2015. E Cristiano Ronaldo comemorou o prêmio em 2013 e 2014. Campeão da Euro com Portugal, o camisa 7 desponta como favorito para as premiações de 2016.

HISTÓRICO DE VENCEDORES

De 1956 a 1994, apenas jogadores europeus e que atuavam no continente podiam ganhar o prêmio, entregue de acordo com votos de jornalistas escolhidos pela publicação. Diego Maradona, por exemplo, nunca foi premiado, mesmo no auge por Barcelona Napoli nos anos 80.

Em 1995, a publicação francesa mudou as regras da votação e o liberiano George Weah foi o primeiro jogador nascido fora da Europa a ganhar o troféu. No mesmo ano, a "France Football" resolveu se desculpar com Maradona: alguns meses antes de entregar o prêmio para o africano, a revista chamou o argentino e lhe deu uma Bola de Ouro por tudo que já havia feito nos campos europeus.

Já o prêmio "Melhor do Ano Fifa" foi criado pela entidade que comanda o futebol em 1991, com votos apenas de treinadores de seleções: o meia Matthäus, capitão da Alemanha campeã mundial um ano antes, foi o vencedor. Em 1992, o holandês Van Basten foi o primeiro a ganhar a Bola de Ouro e o troféu da Fifa na mesma temporada.

Enquanto jornalistas votavam na Bola de Ouro, somente técnicos participavam do júri do Melhor do Ano Fifa. A regra mudou em 2004, quando a entidade passou a contar votos também dos capitães das seleções.

De 1991 a 2009, os dois prêmios tiveram os mesmos vencedores em 12 anos. Depois de cinco anos seguidos com "dobradinha", a "France Football" e a Fifa fizeram um acordo para a criação da Bola de Ouro Fifa em 2010, contando votos de jornalistas, técnicos e capitães. Segundo o jornal espanhol "As", a entidade pagou 15 milhões de euros ao grupo editorial Amaury, dono da revista, para associar seu nome ao prestígio da Bola de Ouro.

Assim como havia homenageado Maradona quando abriu a eleição para estrangeiros em 1995, a "France Football" decidiu refazer suas contas para incluir Pelé no prêmio mundial. Em dezembro de 2015, a revista divulgou que o Rei seria o vencedor da Bola de Ouro em sete ocasiões, tornando-se assim o recordista da premiação: 1958, 1959, 1960, 1961, 1963, 1964 e 1970.