Esporte
Visando a Liberta, psicóloga faz plantão após tragédia com a Chape
O zagueiro Neto, que foi um dos seis sobreviventes da tragédia, passou pelo Santos entre 2013 e 2014.
Gazeta Esportiva
04 de Dezembro de 2016 - 21:12
A tragédia que matou 71 pessoas após a queda do avião que levava o time da Chapecoense até Medellín, na Colômbia, na última terça-feira, abalou o mundo inteiro. Os jogadores de futebol sentiram bastante a situação. E no Santos não foi diferente. Sabendo da proximidade de vários atletas do clube com as vítimas do acidente, a diretoria do Peixe disponibilizou ao elenco a psicóloga do clube, Juliane Fechio.
Além da perda de amigos e colegas de trabalho, a profissional está à disposição para auxiliar os jogadores na briga contra o medo de voar. Por conta do acidente com a Chape, o clube acredita que o atletas podem ficar com receio de viajar de avião, coisa que será bem frequente em 2017, por conta da disputa da Copa Libertadores da América.
A principal angústia era no sentido da família, de pensar neles. Estão muito solidários à família dos jogadores que faleceram. Como crescem em alojamento e vivem longe, a família vira o principal referencial. Sempre viajam e pensam no retorno para casa. Eles pensam como vai ser daqui para frente nas viagens. Tenho feito muito mais o trabalho de escuta. Psicólogo não pode falar para ser forte, que vai passar, porque não tem como ser forte, então deixo eles desabafarem, dizerem o que sentem, explicou a psicóloga à Rádio Santos.
O zagueiro Neto, que foi um dos seis sobreviventes da tragédia, passou pelo Santos entre 2013 e 2014. Durante o período no alvinegro, o defensor fez vários amigos. Entre eles estão Gustavo Henrique e David Braz, que chorou ao lembrar do ex-companheiro.
Não estou chamando necessariamente os jogadores, estou esperado que eles me procurem. E estou dando uma atenção especial para aqueles que sei que tinham um vínculo maior com o Neto, que jogou com a gente aqui. Esses sentiram mais e temos que trabalhar essa angústia que eles vão sentir por mais um tempo, concluiu Juliane.