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Sidrolandia

Brasil fecha 1,32 milhão de empregos formais em 2016

Perda de vagas com carteira assinada foi um pouco menor que a registrada em 2015, quando 1,54 milhão perderam o emprego. Demissões são reflexo da crise econômica.

G1

20 de Janeiro de 2017 - 15:23

A economia brasileira voltou a fechar um grande número de postos de trabalho com carteira assinada em 2016, ano ainda marcado pela forte recessão que atinge o país. No ano passado, as demissões superaram as contratações em 1,32 milhão de vagas formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta sexta-feira (20).

Apesar de o número ainda ser alto, houve uma pequena melhora em relação ao ano de 2015, quando 1,54 milhão de brasileiros perderam o emprego.

Mesmo assim, 2016 foi o segundo pior ano de toda a série histórica, que tem início em 2002, considerando ajustes. O pior resultado foi em 2015. Na série sem ajustes, é o segundo pior desempenho desde 1992, quando teve início a contabilização dos empregos formais pelo governo.

Mês de dezembro

Somente no mês de dezembro do ano, ainda de acordo com dados oficiais, houve o fechamento (demissões superaram contratações) de 462.366 mil empregos com carteira assinada. O mês de dezembro tradicionalmente registra demissões. Com isso, houve melhora frente ao ano anterior, quando foi registrado o fechamento 596.208 empregos com carteira assinada.

Volume total de empregos

Com o corte de vagas em 2016, o estoque (número total de empregos formais existentes) fechou o ano passado em 38,371 milhões de pessoas. Com isso, houve queda frente ao patamar registrado no final de 2015 (39.693 milhões de pessoas com carteira assinada). Esse foi o estoque mais baixo de empregos formais na economia brasileira desde o final de 2011 - quando 38.296 milhões de pessoas com carteira assinada estavam empregadas no Brasil.

Ano de 2016 por setores

De acordo com os números do governo, todos os setores da economia demitiram no ano passado. O setor de serviços foi que mais demitiu trabalhadores com carteira assinada em 2016, com 390.109 demissões, seguida pela construção civil (358.679 vagas).

Em terceiro lugar, aparecem a indústria de transformação, com 322.526 demissões em 2016, seguida pelo comércio, com 204.373 mil vagas fechadas no período. A indústria extrativa mineral registrou 14 mil demissões no ano passado. A agricultura demitiu 13.089 trabalhadores com carteira assinada no último ano.

Os chamados "serviços de utilidade pública" contabilizaram o fechamento de 12.687 empregos formais no período, enquanto que a indústria extrativa mineral registrou a demissão de 11.888 trabalhadores. Já a administração pública fechou 8.643 vagas formais em 2016.

Regiões do país

O emprego formal caiu em todas as regiões do país no ano passado. Em 2016, a Região Sudeste fechou 788.558 empregos com carteira assinada, enquanto que a região Nordeste perdeu 239.239 vagas com carteira assinada.

Na região Sul, houve o fechamento de 146.472 empregos com carteira assinada no período e, na região Norte, outros 80.415 trabalhadores foram demitidos. Na região Centro-Oeste, foram fechadas 67.310 vagas formais de trabalho em 2016.

Segundo o Ministério do Trabalho, entre as 27 unidades da federação, os maiores saldos negativos estão relacionados àquelas que possuem maior estoque de empregos formais. São elas: São Paulo (-159.280 postos), Minas Gerais (-51.823 postos), Rio de Janeiro (-39.846 postos), Paraná (-30.457 postos) e Santa Catarina (-26.329 postos).