Economia
Confiança dos comerciantes cresce em fevereiro, mas setor continua cauteloso
Na série com ajuste sazonal, o índice aumentou 1% em fevereiro deste ano na comparação com igual período de 2016, alcançando 95,5 pontos.
Agência Brasil
21 de Fevereiro de 2017 - 13:37
A confiança dos empresários do comércio subiu 18,6% em fevereiro deste ano, em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi à oitava taxa positiva consecutiva nesta base de comparação, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Na série com ajuste sazonal, o índice aumentou 1% em fevereiro deste ano na comparação com igual período de 2016, alcançando 95,5 pontos. Porém, o resultado, que ficou abaixo dos 100 pontos, mostra que os comerciantes estão atentos às condições do mercado de trabalho e à restrição da renda das famílias". "Apesar da redução do ritmo de queda nas vendas, os tomadores de decisão do varejo mantêm cautela diante de incertezas quanto à recuperação tanto deste mercado de trabalho como da restrição da renda, diz a confederação.
Em nota, a economista da CNC Izis Ferreira afirma que a melhora da confiança dos empresários do setor têm relação com as reformas e medidas de ajuste propostas pelo governo, que estão em andamento no Congresso, mas também com a "queda das taxas dos juros e a redução da inflação, que propiciam um ambiente mais favorável aos investimentos e estimulam a confiança dos comerciantes.
Condições atuais
Quanto às condições atuais da economia, a avaliação dos comerciantes melhorou 11,5% em fevereiro. Com isso, caiu a proporção de comerciantes que consideram as condições econômicas atuais piores. Em fevereiro, 79,4% dos varejistas fizeram essa avaliação, contra 81,4% no mês passado.
Expectativas
Sobre o comportamento da economia no futuro, o otimismo do empresariado caiu pelo terceiro mês consecutivo, passando de 82,2% para 73,8% de dezembro para fevereiro. Em janeiro, o percentual era de 75,5%.
Para Izis Ferreira, a queda indica que o comércio não acredita na retomada das vendas no curto prazo. A retração das expectativas mostra que no curto prazo os comerciantes ainda não enxergam retomada das vendas, principalmente por conta da manutenção das condições do mercado de trabalho e da restrição da renda das famílias.
A CNC ouviu cerca de 6 mil empresas em todas as capitais do país. Os índices são apurados mensalmente e variam em uma escala de 0 a 200 pontos.