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Sidrolandia

Para Reinaldo, operação Carne Fraca da Polícia Federal “foi pirotecnia

Mato Grosso do Sul é um dos maiores produtores de carne do país. Azambuja disse que operação desqualificou toda a carne brasileira.

G1 MS

19 de Março de 2017 - 21:33

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, disse, neste domingo (19), durante assinatura de ordem de serviço para reconstrução de uma ponte em Guia Lopes da Laguna, que a Polícia Federal prestou um desserviço ao fazer o que ele chamou de “pirotecnia” diante da operação Carne Fraca, que identificou irregularidades em 21 frigoríficos, em várias partes do país.

“Não se trata de defender os maus funcionários e empresários corruptos, que devem ser punidos com rigor. O que nos causa preocupação é por que essa pirotecnia, desqualificando toda a carne brasileira. Isso é muito ruim, prejudicial ao mercado e ao país. Será que tem algum pano de fundo nisso tudo?”, questionou.

Mato Grosso do Sul não está entre os estados alvos da operação, mas é um dos maiores produtores de carne do país. Somente no primeiro bimestre do ano, o estado exportou US$ 48,586 milhões em carnes desossadas de bovino, congeladas; além de US$ 43 milhões em pedaços e miudezas de galos e galinhas congeladas e US$ 23,54 milhões em carnes desossadas de bovino, frescas ou refrigeradas.

Segundo Azambuja, o Brasil já enfrenta resistências de países, como Estados Unidos e Austrália, em razão do crescimento das exportações brasileiras. “Há 5 mil frigoríficos em todo o País e se há uma investigação há dois anos os culpados já deveriam estar presos. É um erro da investigação em passar a impressão que todos os frigoríficos agem de má fé em prejuízo ao consumidor. A certificação sanitária no Brasil é reconhecida internacionalmente, a carne produzida aqui é considerada de alta qualidade”, disse o chefe do Executivo.

JBS e Brasília

Reinaldo anunciou que vai se reunir com entidades do setor pecuário e avaliar com o Ministério da Agricultura o impacto do que chamou de "estardalhaço" da Polícia Federal. Nas eleições de 2014, Reinaldo Azambuja recebeu da JBS R$ 10,5 milhões, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), através da direção nacional e do Comitê Financeiro Nacional para Presidente da República.