Prefeito nega mais recursos para hospital e licita consultoria contábil com aumento de 271,16%

Ao mesmo tempo em que alega dificuldades financeiras para cortar em 37,5% a subvenção do transporte universitário e descarta a possibilidade de aumentar de R$ 165 para R$ 230 mil o repasse mensal ao Hospital Elmiria Silvério Barbosa, o prefeito autorizou uma tomada de preço, na modalidade pregão, para contratar uma empresa de consultoria contábil a um custo médio 271,16% superior ao que vem sendo pago pela atual administração, que prorrogou por 90 dias o contrato firmado na gestão do ex-prefeito Ari Basso.

Este suporte, segundo informações de servidores da área de planejamento e serviços, é oferecido de graça pelo Tribunal de Contas. No quadro atual de servidores, há quatro contadores concursados, mas apenas um, Edilene Rodrigues está atuando na área; Renato da Silva Santos é o Controlador Geral; Vanilda Borges, está de licença de maternidade e Heitor Pereira teria sido cedido para trabalhar na Prefeitura de Camapuã.  

Conforme a especificação da tomada de preço 001/2017, poderão ser apresentadas propostas, até o valor de R$ 33.405,66 por mês, quase três vezes o que se paga atualmente, R$ 9 mil, R$ 108 mil ao longo de 12 meses. Ou seja, a atual gestão sinaliza que poderá pagar por esta consultoria contábil, R$ 400 mil ao longo de um ano, o equivalente ao custo para manter no hospital no mesmo período, o segundo médico plantonista no período noturno.

Em função das dificuldades financeiras a administração do hospital cogita demitir este segundo plantonista para cortar despesas. As propostas apresentadas nesta tomada de preço serão abertas no próximo dia 3 de abril a partir das 9 horas da manhã.