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Policial

Com simulação de interceptação, começa patrulhamento aéreo das fronteiras

Batizada de Operação Ostium, a ação usará aviões de caça e helicópteros, que ficam baseados na Capital e em Dourados.

Correio do Estado

24 de Março de 2017 - 13:00

Iniciaram nesta sexta-feira (24) as ações da Força Aérea Brasileira (FAB) para patrulhamento aéreo e combate ao tráfico de drogas e contrabando na fronteira do Brasil com o Paraguai e Bolívia. Simulação da interceptação aérea foi feita nesta manhã em aeronave da FAB onde estavam jornalistas que decolaram de Campo Grande com destino a Dourados.

Batizada de Operação Ostium, a ação usará aviões de caça e helicópteros, que ficam baseados na Capital e em Dourados. A base de Corumbá, onde foram instalados radares móveis, também auxilia na operação.

Para a simulação apresentada nesta manhã, aeronave com tripulação da FAB e jornalistas decolou por volta das 9h30 da Base Aérea da Capital com destino a Dourados. Durante as cerca de 2 horas de voo, uma aeronave A-29 Super Tucano interceptou o avião onde estavam os jornalistas, simulando as ações que serão feitas a partir de hoje.

Primeiro, o caça se aproxima da aeronave supostamente irregular por não ter autorização para sobrevoar determinada área e faz um reconhecimento visual. Depois, é feito um interrogatório pelo rádio, quando o piloto de defesa faz uma série de perguntas sobre rota, itinerário e motivo do voo. Se não houver colaboração do piloto da aeronave interceptada, pedido para pouso é feito pelo militar.

Se a falta de cooperação persistir, restam duas opções ao piloto de defesa. Disparar um tiro de aviso e depois um tiro de detenção, que tem como objetivo atingir e derrubar a aeronave invasora.

Essa ação é respaldada por lei federal, que criou regras para restringir a entrada de aeronaves suspeitas em território nacional, principalmente nas regiões conhecidas por produção e distribuição de drogas.

OPERAÇÃO

Também deverão ser utilizados nas ações militares, além de caças A-29 Super Tucano, helicópteros H-60 Black Hawk e AH-2, aviões-radar E-99, aeronaves de reconhecimento R-35A e RA-1 e Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) RQ-450. As operações devem prosseguir até o fim do ano.

Traficantes tem insistido no transporte aéreo de grandes volumes de drogas, especialmente da cocaína boliviana, na tentativa de escapar do policiamento rodoviário, afunilado para a BR-262, para quem deixa o país vizinho por Corumbá.