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Policial

Sequestradores não fazem contato e polícia suspeita de acerto de contas

Para o delegado, em casos de sequestros com pedido de resgate, é comum que os bandidos façam mais de um contato, para que possam ‘acertar o pagamento’.

Campo Grande News

24 de Março de 2017 - 16:15

Desde a noite desta quinta-feira (23), uma mulher de 31 anos, moradora do bairro Parati em Campo Grande, está sob o poder de bandidos. Pelo menos é no acredita a família da vítima, que procurou a polícia para denunciar o sequestro. Apesar de investigar o caso, policiais trabalham com a hipótese de acerto de contas, já que desde ontem os supostos sequestradores não fazem contato com a família e, pelo que foi apurado, a mulher tem forte relação com o tráfico de drogas.

Segundo o delegado Fábio Peró, do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), equipes estão nas ruas em busca de informações sobre o paradeiro da vítima. Mas, até o momento, o único contato entre os supostos sequestradores e a família da vítima foi ontem à noite, quando familiares ligaram para o celular dela e os criminosos pediram R$ 200 mil pelo resgate.

Para o delegado, em casos de sequestros com pedido de resgate, é comum que os bandidos façam mais de um contato, para que possam ‘acertar o pagamento’. Além disso, conforme o delegado, a forte relação da vítima com o tráfico de drogas também leva os investigadores a trabalharem com a hipótese de acerto de contas. 

Segundo a polícia, a mulher tem passagens por tráfico de drogas e o marido está preso pelo mesmo crime. “Ainda não temos nada de concreto, mas pela forma como caminho o caso, há fortes indícios de que o crime não seja um sequestro, como acredita a família”, explicou.

Crime - A mãe da vítima, de 67 anos, contou que estava na residência junto com a filha e o sobrinho, quando por volta das 19h30, o rapaz foi sair da casa e acabou rendido por dois homens armados com pistola.

O jovem foi obrigado a ir para o fundo do imóvel, enquanto os suspeitos entraram na residência, puxaram a vítima pelo braço e a colocaram dentro de um veículo Volkswagen Gol, de cor preta, e foram embora. Eles estavam em busca de um ‘pacote’, mas como não encontraram, levaram a mulher, segundo a polícia.

Desesperados, parentes ligaram no celular da moça por várias vezes, até que um dos suspeitos atendeu e disse que se tratava de um sequestro. O homem pediu R$ 200 mil até esta sexta-feira (24) para libertá-la, caso contrário a vítima seria executada.