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Política

PSDB diz ao TSE que Dilma cometeu irregularidade eleitoral, mas Temer, não

Partido enviou alegações finais ao tribunal dentro do processo que investiga irregularidades da chapa que elegeu Dilma presidente e Temer vice nas eleições de 2014.

G1

28 de Março de 2017 - 09:39

O PSDB afirmou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que não viu indícios de irregularidades eleitorais cometidas pelo presidente Michel Temer. No entanto, segundo o partido, há "comprovação cabal" da participação da ex-presidente Dilma Rousseff em atos ilícitos na campanha.

O partido manifestou a posição em um documento enviado ao tribunal com as alegações finais do PSDB dentro do processo que investiga suspeitas de irregularidades cometidas pela chapa que elegeu, em 2014, Dilma presidente e Temer vice.

"Ao cabo da instrução destes processos não se constatou em nenhum momento o envolvimento do segundo representado [Temer] em qualquer prática ilícita. Já em relação à primeira representada [Dilma], há comprovação cabal de sua responsabilidade pelos abusos ocorridos", afirmou o documento do PSDB.

O próprio partido ingressou com a ação pedindo a cassação da chapa em 2014, logo após as eleições, sob o argumento de que a campanha que elegeu Dilma e Temer cometeu abuso de poder político e econômico, recebeu propina e se beneficiou do esquema de corrupção que atuou na Petrobras.

Caso os ministros do TSE entendam que as irregularidades existiram, eles podem decidir pela cassação de toda a chapa, o que implicaria na perda de mandato de Temer.

Em 2014, quando apresentou a ação, o PSDB pedia que, caso a chapa fosse cassada, o TSE empossasse como presidente e vice os senadores tucanos Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes Ferreira (SP), atual ministro das Relações Exteriores, derrotados na eleição presidencial.

Nas alegações finais, apesar de isentar Temer de responsabilidade, o PSDB mantém a argumentação de que houve "dinheiro desviado do erário, especialmente da Petrobrás", empregado na campanha.

O partido disse ainda que houve "desvio de montantes expressivos de recursos empregados na campanha, inviabilizando-se o controle da sua correta destinação por parte da Justiça Eleitoral".

Relator

Nesta segunda-feira (27), o relator da ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, ministro Herman Benjamin, pediu para a Corte marcar o julgamento do processo.

No pedido feito ao tribunal nesta segunda, Herman Benjamin também deu 48 horas para o Ministério Público se manifestar na ação. Na última sexta (24), a Procuradoria-Geral Eleitoral chegou a enviar um documento à Corte eleitoral no qual informou que estava abrindo mão de se manifestar.