Líder do prefeito na Câmara invoca até Defensoria para contestar hospital

O vereador Carlos Henrique, líder do prefeito na Câmara, invocou até o testemunho da Defensoria Pública para contestar a direção do Hospital Elmiria Silvério Barbosa que anunciou o fechamento do Centro de Parto Normal a partir do próximo sábado. O vereador garante que R$ 25 mil da subvenção mensal de R$ 165 mil repassada ao hospital é destinada ao custeio do CPN.

Teria sido fechado o entendimento com a diretoria do hospital com o aval da Defensoria Pública, instituição que mais incentivou a construção da estrutura de suporte do parto humanizado. A direção do hospital sustenta que a subvenção foi fixada de forma unilateral pela Prefeitura exclusivamente para custear o atendimento de urgência e emergência.

O Centro de Parto Normal está em funcionamento há mais de um ano. Tem um custo mensal de R$ 75 mil que deveria estar garantido com recursos do Estado (R$ 25 mil) e do Ministério da Saúde (R$ 50 mil). O Estado só assegurou repasse por cinco meses (a última parcela em março), mas até agora só pagou as referentes a outubro e novembro.

Carlos Henrique insinuou que haja uma campanha orquestrada para tentar responsabilizar o prefeito pelo eventual fechamento do CPN e de não estar sensível as demandas do hospital que cobra uma subvenção mensal de R$ 230 mil. “Ninguém acredita que o dr. Marcelo, um médico, não esteja preocupado com a saúde”. 

E informa: “A Prefeitura paga o combustível e o motorista da ambulância que faz o translado dos pacientes encaminhados para Campo Grande na vaga zero”. Caré, que é evangélico pentecostal, classifica as críticas ao prefeito na questão da saúde como "demonização" do prefeito.

O vereador sustenta que na realidade, o repasse para o hospital não seria de R$ 165 mil, mais de R$ 171 mil, computando o salário de uma enfermeira que trabalha no hospital.

*Matéria atualizada para acréscimo de informações.