Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 29 de Março de 2024

Sidrolandia

Impasse continua, prefeito rejeita aumentar repasse e hospital confirma fechamento do CPN

Hospital fechará o Centro de Parto Normal a partir deste sábado, mas manterá por mais 30 dias, ao longo do mês de abril, o segundo médico plantonista.

Flávio Paes/Região News

30 de Março de 2017 - 08:25

Após quase duas horas de conversação, terminou sem acordo, a reunião intermediada pelo Ministério Público, entre o secretário Municipal de Saúde, Nélio Paim e o presidente da entidade mantenedora do Hospital Elmiria Silvério Barbosa, Ademir Camilo.

Conforme o relato do secretário, é definitiva a decisão do prefeito Marcelo Ascoli de manter em R$ 165 mil o repasse mensal da subvenção ao hospital, ignorando a reivindicação do hospital de fixar em R$ 230 mil o repasse. O argumento do representante da administração municipal é a queda na receita.

Diante deste posicionamento, o hospital confirmou a decisão de fechar o Centro de Parto Normal a partir deste sábado, dia 1º, mas manterá por mais 30 dias, ao longo do mês de abril, o segundo médico plantonista (do período noturno) que além de atender no pronto socorro, acompanha os pacientes encaminhados na vaga zero para Campo Grande.

O hospital vai usar os R$ 50 mil que o Governo do Estado liberou para as despesas com o CPN (referente a duas das cinco parcelas do convênio) para o pagamento do médico e enfermeiro que vão na ambulância no translado de pacientes.

Segundo Ademir Camilo, se o prefeito não se sensibilizar para necessidade de aumentar os investimentos no hospital, a partir de maio o translado será suspenso, o segundo médico será dispensado e não se descarta a possibilidade de vender a UTI Móvel usado no serviço (avaliada em R$ 60 mil) e a receita obtida ser revertida no pagamento de salários dos funcionários.

O entendimento da entidade é que a responsabilidade do pronto socorro e do translado dos pacientes é da Prefeitura como gestora plena do sistema de saúde.