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Sidrolandia

Mais de 100 milímetros de chuva alagam casas e barracos na Aldeia Nova Tereré

A exceção é na Aldeia Nova Tereré que fica numa baixada, aonde desagua boa parte da enxurrada que vem dos bairros Morada da Serra e Petrópolis.

Flávio Paes/Região News

20 de Abril de 2017 - 10:23

A chuva que caiu desde o início da noite de ontem em Sidrolândia, já acumula mais de 100 milímetros de precipitação, mas por enquanto, sem causar maiores transtornos a maior parte da população, além do acumulo de água em trechos da Rua Antônio Correa da Costa.

A exceção é na Aldeia Nova Tereré que fica numa baixada, aonde desagua boa parte da enxurrada que vem dos bairros Morada da Serra e Petrópolis. O problema foi agravado desde que houve a remoção das barreiras de contenção (num sistema de curva de nível) que a Prefeitura ergueu ano passado exatamente para desviar toda esta água e livrar a comunidade deste problema.

Foto: Reginaldo Mello/Região News

Mais de 100 milímetros de chuva alagam casas e barracos na Aldeia Nova Tereré

Rua Antônio Correa da Costa teve alguns trechos alagados pela chuva que começou durante a noite desta quarta-feira

A consequência foi o alagamento de casas e barracos, prejudicando em especial um grupo de 15 famílias. Um dos mais afetados é o vice-cacique Isaias Francisco que divide a casa com outras cinco pessoas, entre as quais, seu neto de cinco meses. O cacique Carlinhos Júlio Basílio diz que o problema voltou a aparecer há um mês aproximadamente, desde que a empresa responsável por um empreendimento imobiliário vizinho a aldeia desmatou a área que servia como piscinão.

Foto: Reginaldo Mello/Região News

Mais de 100 milímetros de chuva alagam casas e barracos na Aldeia Nova Tereré

A aldeia, criada na última gestão Daltro Fiuza em 2012, está numa área de preservação, nascente do Córrego Cortado, além de ter topografia irregular, abaixo do nível dos loteamentos vizinhos. Já há ações do Ministério Público exigindo do município a remoção das famílias. Em 2014, a Prefeitura adquiriu uma área de 5 hectares para abrigar os indígenas, mas as lideranças se recusaram a sair de lá, porque algumas famílias não queriam abandonar as casas que ganharam do Governo.

Com este período de chuvas vai piorar as condições de tráfego nas estradas vicinais e travessões. As dificuldades provocam reações dos moradores pelas redes sociais, como Ledimar Peixoto Larrea, residente na região do Bafo da Onça no Eldorado. “Como sempre nossos políticos não saem do ar-condicionado e pegam seus carros limpinhos para ver a situação dos assentamentos em dia de chuva. Só sabem em época de eleição”, desabafou irritado.