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Policial

Polícia faz megaoperação em busca de armas em fazenda invadida por indígenas

A Sejusp informou que a medida não se trata de reintegração de posse, e sim do cumprimento de ordens judiciais.

Correio do Estado

25 de Abril de 2017 - 13:39

A Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) deflagrou hoje a megaoperação “Caarapó I”, para apreender armamentos e produtos furtados na Fazenda Novilho, invadida por indígenas desde junho do ano passado, na zona rural de Caarapó. Mais de 200 policiais civis e militares participaram dos trabalhos com apoio de helicóptero e auxílio logístico do Exército Brasileiro. O objetivo foi o de impedir que as armas fossem utilizadas em crimes em outras propriedades da região, que compreende a aldeia “Tey I’ Kue”, habitada por pelo menos seis mil pessoas.

Depois de 40 dias de estudos feitos pelo setor de inteligência da secretaria, foram realizados pontos de bloqueios na área urbana e rural, com o intuito de cumprir 14 mandados de busca e apreensão e localizar bens furtados ou roubados das propriedades rurais vizinhas. A Sejusp informou que a medida não se trata de reintegração de posse, e sim do cumprimento de ordens judiciais.

De acordo com o coronel Ary Carlos Barbosa, superintendente de Inteligência da Sejusp, foram apreendidos dois simulacros (réplicas de arma de fogo), sete estojos de munição calibre .12, uma munição calibre .38 e uma de calibre .24, todas deflagradas, e ainda um coldre policial provavelmente pertencente aos militares que foram feitos reféns no final do ano de 2016, próximo à aldeia. 

“O planejamento operacional idealizado para o desdobramento dessa operação, visou trazer uma maior sensação de segurança aos munícipes carapoenses, tendo ações dos órgãos de segurança pública imbuídos na missão em todas as vertentes, tanto no policiamento ostensivo, preventivo e repressivo, quanto nas ações de polícia judiciária, fortalecendo esses órgãos e contribuindo para uma segurança de qualidade”, disse Barbosa.

Segundo ele, participaram equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque, Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) e Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Fronteira (Defron), transportados por caminhões da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, além do Grupo de Policiamento Aéreo (GPA). 

Ao lado da Fazenda Ivu, a Novilho está em área de demarcação de terras e foi invadida no ano passado. Houve confronto entre indígenas e produtores rurais que terminou com um Guarani-Kaiowá morto e outros feridos. Em fevereiro deste ano a fazenda chegou a ser incendiada por indígenas, supostamente como forma de represália à decisão que suspendeu processo de demarcação.